Bahia

Com risco de terceira onda, APLB-BA confirma estado de greve: “queremos chegar a um denominador comum com o prefeito”

O coordenador falou ao LD Notícias sobre o medo dos funcionários da rede municipal de contrair o vírus

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O coordenador-geral da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB-BA), Rui Oliveira reafirmou, nesta quarta-feira (19), a decisão do estado de greve e de manutenção das aulas remotas dos trabalhadores de educação da rede municipal. O anúncio veio após as declarações do prefeito Bruno Reis e do governador Rui Costa de que o estado corre o risco de viver uma terceira onda da pandemia nos próximos dias.

“Com UTIs lotadas, teremos uma terceira onda, de acordo com o governador, muito grande, agora no dia das mães, mês que vem no dia dos namorados e São João, a previsão é um alto índice de contaminação. Salvador está perto dos 100 mortos por dia, o prefeito não pode manter as aulas, é um desrespeito a vida”, afirmou Rui ao LD Notícias.

O coordenador também falou ao LD Notícias sobre o medo dos funcionários da rede municipal de contrair o vírus no ambiente de trabalho ou na locomoção. “A mobilidade urbana também é um risco aos funcionários. Com passeatas, manifestações e as conduções lotadas, o risco se torna alto”.

Oliveira diz que aguarda a confirmação do horário da reunião marcada para amanhã (20) com o prefeito Bruno Reis. “Queremos chegar a um denominador comum com o prefeito”.

O Sindicato pede a imunização completa dos trabalhadores de educação, a revogação do decreto 33811, que obriga o retorno às aulas presenciais, e que se torne sem efeito o ofício nº 27 da SMED ameaçando corte de 2/3 do salário da categoria. A entidade relata também ter levado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) denúncias de que dezenas de escolas tiveram profissionais contaminados pela Covid após retomada de atividade presencial por meio do decreto municipal. Ao mesmo tempo, continua o coordenador, as escolas particulares já começam a suspender atividades presenciais, a exemplo do Colégio Salesiano, por conta da contaminação de uma professora da instituição de ensino.

Uma nova assembleia irá ocorrer nesta sexta-feira (21), para avaliar se o movimento dos professores municipais permanece em estado de greve.