Bahia

Cerimônia de policial morto reuniu centenas de pessoas no Campo Santo

O investigador é o quinto policial civil morto este ano - outros três foram baleados - em todo o estado. 

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Familiares e amigos do policial civil Luiz Alberto dos Santos, 45 anos, ainda não conseguem acreditar no crime que resultou na sua morte, no bairro de São Cristóvão, na tarde da última quarta-feira (31). Alberto dirigia um carro modelo Celta próximo ao condomínio Campo Belo, quando foi foi atingido por vários tiros por ocupantes de dois carros. Após a ação criminosa, o carro em que ele estava capotou e o policial morreu. Ao mesmo tempo em que tentava dar apoio à mãe, a filha de Luiz, Ana Carolina dos Santos, desabafava: O investigador é o quinto policial civil morto este ano – outros três foram baleados – em todo o estado. Policiais  da capital baiana lotaram a cerimônia para homenagear Alberto. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), Marcos Maurício, compareceu ao enterro e falou sobre a situação da polícia da Bahia. "O Estado abandonou os policiais e a sociedade também discrimina a gente. Não temos nenhuma garantia jurídica e estamos em uma situação em que o policial está  abandonado a própria sorte", afirmou ele. 

Obstinado
A determinação é o traço mais destacado da personalidade de Luís. Ele era de Ipiaú e chegou em Salvador com 19 anos para se alistar ao Exército. Depois de seguir carreira na polícia, Alberto decidiu começar uma graduação direito para realizar o sonho de ser delegado. O policial já tinha passado no exame da OAB e estava estudando para o concurso. 

Investigação
Ainda não há infomações sobre a autoria e motivação do crime. A polícia está trabalhando com diferentes linhas de investigação.  O coordenador da Força Tarefa, delegado Odair Carneiro, está à frente das apurações. No dia do crime, o delegado chegou a falar que nenhum pertence foi levado do carro do policial na hora do crime.

Reprodução: Correio 24 horas