Um cavalo da raça Mangalarga Marchador morreu neste último domingo (29), após ser eletrocutado em uma das baias da Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), realizada no Parque de Exposições de Salvador.
O cavalo Forró do Cardeal, de 14 anos, era um dos principais animais do haras Caraíbas, em Pirajá, e acumula mais de 70 prêmios, entre eles o de campeão nacional Master/maior de marcha (2011) e master de macha (2009).
Quem não se agradou muito coma a notícia foi o deputado estadual Marcell Moraes (PV) que após a divulgação da morte do cavalo informou que pretende abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (AL-BA) para apurar as mortes ocorridas no evento.
“Eu já tenho apoio de toda bancada de oposição. Conversei com Sandro Régis (DEM) e nós devemos colher as assinaturas hoje. O que vem acontecendo na Fenagro é grave e existe há muitos anos. É o maior evento do setor no país e um cavalo é eletrocutado, animais sofrem maus tratos… Os próprios expositores estão reclamando da falta de qualidade”, alertou o parlamentar.
Marcell espera, inclusive, que outras gestões sejam investigadas, e que seja apurada a responsabilidade tanto do ex-secretário da Seagri, Eduardo Salles (PDT), quanto do atual, Vitor Bonfim (PDT) – que assumiu a pasta há três dias: “Vamos pedir o controle de óbitos de todos os anos. Animais estão morrendo lá e eles não divulgam o controle. Eles tem obrigação de informar, para saber qual é a situação dos animais. Essa exposição, na verdade, é um barraco armado”, criticou.
Irregularidades – Com a circulação da notícia na mídia, foi detectado que a 28ª Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), não tem alvará de funcionamento e está irregular. Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), o governo do Estado deu entrada no pedido, mas foi deferido por falta de documentos. O órgão informou que uma vistoria será feita nesta segunda-feira (30) e que, provavelmente, a organização será multada por funcionar sem autorização.
Embora essa informação exista, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri) negou qualquer irregularidade. O órgão defende que todas as taxas foram pagas e que as exigências foram atendidas, inclusive a presença de ambulância no local do evento.
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