Bahia

Casos de sífilis aumentam em mais de 135% na Bahia

Segundo Sesab, percentual de sífilis adquirida cresceu em 135,75% e de sífilis congênita aumentou em 145,41%.

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Os casos de sífilis aumentaram em mais de 135% nos últimos quatro anos na Bahia. Os dados são da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que detalhou ainda que os mais afetados pela doença são os homens jovens.

A sífilis é transmitida principalmente através da relação sexual sem proteção. Essa forma de contágio – chamada de sífilis adquirida – cresceu em 135,75%. Em 2018, foram 8.124 pessoas diagnosticadas com a doença por este meio. Em 2014, o número era de 3.446 casos.

O contágio também pode ser por transfusão ou contato direto com sangue contaminado, ou ainda passada da mãe para o feto – chamada sífilis congênita. Esses casos tiveram aumento de 145,41%, um número de mais de 15 mil registros nos últimos seis anos.

Quando não é tratada precocemente, a sífilis pode comprometer vários órgãos como o cérebro, coração, olhos, pele e ossos. No caso das grávidas, a doença pode causar complicações como parto prematuro, má formação do feto e até mesmo provocar a morte do bebê.

Um adolescente de 17 anos, que não quis se identificar recebeu o diagnóstico da doença no ano passado. "Foi uma bomba porque ninguém espera isso. Ainda mais que, quando você vai ter relações sem preservativos, você tem noção do risco que você tá correndo. Mas assim mesmo você não espera", disse ele.

Mais de 50% dos casos foram homens jovens com idades entre 20 e 29 anos. Um homem de 26 anos, que também não quis revelar a identidade, também contraiu a doença. Ele decidiu fazer o teste de detecção da sífilis há um mês, quando soube que o companheiro estava infectado.

Ele começou a fazer o tratamento e sabe que da importância de passar a usar o preservativo. "O recado que eu deixo para esses jovens é que por mais que seja uma relação de confiança, de fidelidade, que não se permita transar sem camisinha. Principalmente com desconhecidos", alertou.

A médica infectologista Leila Azevedo explica que a doença é de rápida identificação e fácil tratamento.

"A sífilis, tanto na gestação quanto fora da gestação, é uma doença de fácil tratamento. A gente só precisa chegar ao diagnóstico, que é simples. Hoje a gente tem testes rápidos, que rapidamente a gente dá o diagnóstico de sífilis, que pode ser feito nos postos de saúde ou nos centros de referência", pontuou.

G1 // AO