Chefe do Departamento de Polícia do Interior (Depin), a delegada Rogéria Araújo afirmou que as apurações sobre a morte do empresário Paulo Grendene – que denunciou um suposto esquema de grilagem na Operação Faroeste – precisam ser fortalecidas.
Na manhã desta quarta-feira (21), a Operação Bandeirantes cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão contra policiais militares e empresários. Armas, munições, celulares, computadores e documentos também foram apreendidos para identificação de possíveis provas.
"Para que o juiz autorize essas medidas, nós demonstramos que existem evidências. É preciso fortalecer essa investigação e todo material vai ajudar a concluir a investigação”, afirmou a delegada.
Em denúncia recente, o Ministério Público Federal ligou a morte de Grende às apurações da Faroeste.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou no dia 18 deste mês que a morte de Paulo Grendene foi fruto de uma disputa de terra. Naquele momento, a pasta acreditava não ser possível ligar o fato à denúncia feita por Grendene na Operação Faroeste.
Faroeste e SSP – No final do ano passado, o Ministério Público Federal acusou o então chefe da SSP, Maurício Barbosa, de gerenciar o “núcleo de defesa social” do esquema de grilagem. De acordo com o MPF, cabia a Barbosa “blindar” os investigados. Por conta da denúncia, o secretário deixou a pasta. Além dele, sua auxiliar, Gabriela Caldas Rosa de Macedo, que era chefe de gabinete da pasta, também foi exonerada.
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