Após a morte brutal de Cristal Rodrigues Pacheco, durante um assalto no Centro de Salvador, a mãe de uma das suspeitas de matar a estudante de 15 anos, pediu desculpas à família da vítima durante uma entrevista à TV Bahia, na terça-feira (9).
Em depoimento, a mulher que preferiu não se identificar, revelou também que está sofrendo com toda a situação. “Quero pedir desculpa a família, pedir perdão a família de Cristal, dizer que eu também estou sofrendo e que ela [mãe da adolescente] perdoe a minha filha. Que ela [a filha] é uma pessoa doente, ela é uma usuária de crack e eu tenho certeza que ela fez isso porque ela tinha usado a droga", disse.
A mãe de uma das suspeitas, disse ainda que a filha pagará pelo crime que cometeu e contou também sobre as dificuldades em lidar com a suspeita. “Já tentamos pegá-la para internar”, revelou.
Ainda na terça-feira, as suspeitas de assassinar a adolescente de 15 anos, Gilmara Daiam de Sousa Brito e Andréia Santos Carvalho foram transferidas para um Presídio Feminino de Salvador, segundo informação divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Caso Cristal
A adolescente foi assassinada na última terça-feira (2), em frente ao Palácio da Aclamação, a caminho do colégio, acompanhada de sua mãe e de sua irmã de 12 anos, que presenciaram o crime, durante um assalto. A adolescente morreu com um tiro na região do peito, no coração, segundo informações da perícia.
As duas mulheres investigadas pelo crime foram presas na mesma semana. A primeira delas foi detida em flagrante, Gilmara, em um beco, dentro de uma construção abandonada em uma invasão, em Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário. Já a segunda investigada, Andreia, se apresentou, na presença de sua advogada, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na última quinta-feira (4). As investigações para identificação das responsáveis pelo crime, aconteceu com apoio das câmeras de análise inteligente espalhadas pela região central de Salvador que auxiliaram equipes da Polícia Civil na descoberta da rota de fuga das mulheres.
A jovem foi sepultada no mesmo dia do seu assassinato, no Cemitério Campo Santo. Na manhã seguinte (3), em protesto a precoce perca da família, em frente ao local do crime, familiares, amigos e pessoas comovidas com a morte brutal da adolescente, reuniram-se e pediram por segurança e paz em homenagem a Cristal Pacheco.
Sete dias após o assassinato da jovem, familiares e amigos participaram de missa de 7° em homenagem à vítima, na última segunda-fiera (8).