Bahia

Carnaval depende de terceira dose e testes com maior número de público em eventos

Ao contrário dos gestores da prefeitura Salvador e governo da Bahia, as secretarias de Saúde do município e do estado, defendem um cenário mais cauteloso quando se trata do assunto Carnaval 2022

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

Ao contrário dos gestores da prefeitura Salvador e governo da Bahia, as secretarias de Saúde do município e do estado, defendem um cenário mais cauteloso quando se trata do assunto Carnaval 2022. Na manhã desta quinta-feira (21), o secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates afirmou em entrevista coletiva que ainda não há embasamento epidemiológico para garantir "qualquer tipo de atividade", mas faz uma sugestão aos chefes do executivo municipal e estadual. 

"A minha sugestão ao governador e ao prefeito Bruno Reis, que são donos da decisão, é que nos comecemos o teste nos eventos com maiores públicos. Que a gente possa, dentro desse cenário epidemiológico, autorizar eventos com maior número de pessoas. Duas, três mil pesoas, para ir acompanhando, a cada quinze dias, qual é o reflexo no sistema epidemiológico", recomendou Leo Prates. 

O secretário de saúde de Salvador defendeu ainda que o Governo Federal precisa enviar cerca de um milhão de doses, para garantir o reforço da população até o Carnaval. "A defesa dos epidemiologistas é para as pessoas de 30 anos para cima. O governo federal tem o desafio de fornecer as vacinas e continuarmos. Vacinando, dentro desse cenário que tenho hoje, podemos sim, ter a certeza que teremos Carnaval", declarou. 

A secretária interina de Saúde, Tereza Paim, reforçou que a pandemia não terminou. "Nessa comunicação com os secretários municipais, e toda a assessoria da saúde, temos que ter cautela. Não conseguimos vacinar 80% da popuçação-alvo. Então a gente espera que, pelo menos, até novembro, a gente consiga ter esse público vacinado para que a gente possa começar as tratativas [sobre carnaval]". 

"A gente entende a importância desses eventos, inclusive como forma mínima de renda para toda a população, mas esse é o nosso alvo verdadeiro, mas temos que ter cautela. Não vamos abandonar a máscara ainda e associar isso à campanha de vacinação", concluiu a secretária.