O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) voltou a criticar, nesta segunda-feira (14), a escalada da violência na Bahia. Em entrevista ao programa Fora do Plenário, da rádio Salvador FM, o parlamentar minimizou os dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública no balanço parcial de janeiro a setembro de 2024.
De acordo com os registros da pasta, Salvador, a Região Metropolitana (RMS) e o interior do estado apresentaram reduções de 15%, 21% e 10,5% das mortes violentas, respectivamente, em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Todos os índices que a SSP apresenta, inclusive hoje saiu matéria apontando os alguns índices de redução da criminalidade, são pífios. Você pega um dado sobre assassinatos, 3.800 assassinatos no ano passado e este ano houve uma redução de 12%, aproximadamente 350 a 400 mortes a menos que o mesmo período em relação ao ano passado. Vocês vão ver no final do ano, ou em janeiro do ano que vem, no balanço vocês vão ver que a média é esta mesmo, de 10% a 12% e o governo soltando fogos, como se isso fosse uma redução esplêndida”, criticou.
Ainda conforme ressaltou Capitão Alden, que é um dos maiores apoiadores da corrente bolsonarista na Bahia, em 17 anos, mais de 90 mil homicídios foram registrados na Bahia, posicionando o estado nos últimos cinco anos como o mais violento do país.
Dados da SSP
A SSP apresentou os números parciais do setor na manhã desta segunda-feira. Segundo a Secretaria, Salvador fechou o período com queda de 15%. Em números absolutos, a Polícia Civil registrou 675 casos em 2024, contra 796 em 2023.
Na RMS aconteceram 339 mortes este ano, contra 429 ocorrências no ano passado. Por fim, conforme a pasta estadual, nas cidades do interior ocorreram 2.205 casos entre janeiro e setembro deste ano, contra 2.464 registros em 2023.
No somatório das três macrorregiões, o estado da Bahia registrou diminuição de 12,7% das mortes violentas.
“O combate às facções, com alcance de lideranças e retirada de armas das ruas, impacta diretamente na redução dos homicídios, latrocínios e lesões dolosas seguidas de morte. Continuaremos trabalhando de forma incansável”, declarou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, durante coletiva no Centro de Operações Inteligência (COI).