A Câmara aprovou nesta segunda-feira (7) um projeto de lei do regime disciplinar da Guarda Municipal, que regulamenta as atividades do órgão, um dia depois de agentes conduzirem o vereador Toinho Carolino (Podemos) a uma delegacia. Carolino foi encaminhado à a Central de Flagrantes neste domingo (6) depois de se envolver em uma confusão com representantes da Guarda Municipal. O vereador relata que foi proteger um gari que estava sendo agredido pelos agentes. "Eu fui até a ele e disse: 'amigo, por que isso?'", lembrou Carolino durante pronunciamento na sessão da Câmara nesta segunda. "Quando eu vi que eles estavam partindo para me agredir, eu apresentei a carteira de vereador. Eu me afastei e não permiti que me algemasse", comentou.
"Aqui quem manda sou eu, você é vereador lá", teria dito o guarda, segundo Carolino. Em nota, o órgão ligado à prefeitura afirmou que o vereador "agrediu verbalmente os agentes da Guarda Civil, se posicionando a favor do transgressor".
O presidente da Casa, Leo Prates (DEM) negou que a matéria tenha sido colocada na pauta de votação de última hora apenas por conta do acontecimento envolvendo Carolino. Ele explicou que os projetos que estão na Ordem do Dia podem ser votados a qualquer tempo por decisão do presidente da casa. "A pauta da Casa é a Ordem do Dia. Nós podemos dispor da ordem do dia da forma que entendamos", declarou durante a sessão. Prates argumentou ainda que "recebeu o apelo" de nove vereadores para votar a regulamentação da Guarda Municipal. A sessão desta segunda teve diversas manifestações de solidariedade dos vereadores com o colega de Casa.
"O que aconteceu ontem com o vereador é o que muitos cidadãos sofrem no dia a dia. Isso demonstra a truculência dessa guarda", disse Marta Rodrigues (PT). O líder da bancada de oposição da Câmara reforçou as críticas: "A Casa toda foi agredida", comentou. Representantes do grupo do governo também se pronunciaram sobre o caso. "Me deixou muito indignado o fato ocorrido. É preciso identificar essas laranjas podres", disse Luiz Carlos Souza. Já Joceval Rodrigues (PPS) classificou os agentes da Guarda Municipal envolvidos no caso como "mal feitores".
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