O caboclo e a cabocla voltam para o panteão cívico, na Lapinha, no final da tarde desta terça-feira, 5. O cortejo contará com a participação da orquestra do maestro Reginaldo de Xangô, além de fanfarras e grupos culturais. Baianos faziam oferendas de frutas, doces e moedas nos carros emblemáticos aos pés das imagens, que ainda permaneciam em exposição no Campo Grande, seguindo a tradição, na tarde desta segunda (4). A pira com o fogo simbólico também seguia no local – homenagem ao Gal. Labatut, um dos heróis na luta pela emancipação da Bahia.
A aposentada Célia Maria Ribeiro, 65 anos, era uma das pessoas que depositavam oferendas para os caboclos. Para ela, eles representam a força da batalha da independência no estado.
"Sempre coloco frutas ou moedas. Faço porque eles são fortes e nos ajudaram. É uma forma de agradecer. Eles são partes do nosso Brasil, são símbolos da nossa história. Considero a data como a mais importante", ponderou Célia.
Estudante da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Catharina Matos, 24, considera o costume curioso. Segundo ela, mesmo conhecendo a história da independência, o fato é peculiar.
"Acho bonito e, ao mesmo tempo engraçado, essa forma de agradecimento. É interessante ver como temos diferentes formas de mostrar o agradecimento. Depositar frutas faz todo o sentido, se pararmos para analisar que são caboclos, seres advindos da natureza", destaca Catharina.
(Fonte: A Tarde on line)