O grupo chinês BYD definiu a data para o anúncio oficial da instalação de uma fábrica de veículos na Bahia. A expectativa é a de que a comunicação seja feita na próxima terça-feira (4) e pela vice-presidente global da companhia, Stella Li.
A executiva inclusive já está no Brasil onde, nesta quarta-feira (28), se reúne com o presidente Lula (PT) e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). No entanto, segundo o Valor Econômico, apesar de próximo, o anúncio oficial ainda depende de algumas definições. A principal é a localização da fábrica.
As negociações dos chineses com a Ford para a compra da fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em 2021, não estão totalmente concluídas. Para evitar surpresas, o governo baiano preparou um plano B, oferecendo outra área caso os ajustes com a montadora norte-americana fracassem.
Além da localização, os incentivos fiscais envolvidos ainda são um mistério. Em entrevista no início deste mês, ele disse que o governo estadual estava pronto para atender às “demandas de incentivos” do grupo chinês. Estaria faltando, conforme o petista, uma resposta do pedido feito ao governo federal.
Lula e Jerônimo estiveram com a direção da BYD em abril na China. O governador da Bahia visitou fábricas e Lula encontrou-se, em Xangai, com o fundador e presidente do grupo, Wang Chuanfu. Fundada em 1996, a BYD passou à frente da Tesla no ano passado e passou a ser a maior fabricante de veículos elétricos do mundo.
A BYD informa a intenção de investir no Brasil cerca de R$ 10 bilhões até 2025. No protocolo de intenções assinado com o governo da Bahia em 27 de outubro e anunciado no dia seguinte por Rui Costa, antecessor de Jerônimo Rodrigues e hoje ministro da Casa Civil, além dos automóveis, os planos do grupo chinês envolvem produção de chassis de ônibus e caminhões elétricos. Segundo o documento, o investimento inicial no complexo industrial baiano somará R$ 3 bilhões e será feito com recursos do próprio grupo.
