Bahia

Bancários fazem protesto por vacinas ao lado da Prefeitura de Salvador na manhã desta terça(8)

Os bancários lidam "diretamente com o público e registra altos índices de contaminação", diz o presidente do Sindicato

Divulgação
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O Sindicato dos Bancários da Bahia e a Federação da Bahia e Sergipe não param. Mesmo depois garantirem uma audiência com o governo federal, marcada para a próxima terça-feira (15), para tratar sobre a vacinação dos trabalhadores das agências contra a Covid-19, os diretores seguem mobilizados pela inclusão no grupo prioritário de imunização. 

Na manhã desta terça-feira (8), realizaram manifestação no Bradesco, ao lado da Prefeitura Municipal de Salvador. O objetivo é chamar a atenção da sociedade e do poder público para a alta exposição dos bancários à Covid-19 e a necessidade de imunizar todos os trabalhadores que estão na linha de frente.

Embora o governo do Estado e a Prefeitura argumentem que só podem vacinar as categorias incluídas no PNI (Plano Nacional de Imunização), o fato é que, na Bahia, outras categorias estão sendo imunizadas. A decisão da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) é acertada, mas é preciso reconhecer que os bancários também estão na linha de frente e as agências são vetores de contaminação.

Durante o ato, o presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, destacou que a categoria luta pela vida, em defesa da ciência e pela vacinação em massa. Mas, denunciou o descaso do poder público com quem se arrisca todos os dias. "É importante defender esse segmento que trabalha há 15 meses sem parar, lida diretamente com o público e registra altos índices de contaminação".

Os números confirmam a afirmação. Pesquisa do Sindicato revela que 28,5% dos bancários testaram positivo para a Covid-19 na Bahia. Um outro dado do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que os bancos realizaram 55 desligamentos por motivo de morte nos três primeiros meses de 2020. No mesmo período de 2021, o número pulou para 152. Crescimento de 276,4%. O agravamento da pandemia ajuda a explicar o salto tão expressivo.