Diante das graves denúncias de assédio sexual cometido pelo ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, contra empregadas do banco, o Sindicato dos Bancários da Bahia promoveu um ato, nesta quinta-feira (30), na agência das Mercês, em Salvador.
Um grupo de empregadas denunciou Pedro Guimarães ao Ministério Público Federal. O Sindicato cobra investigação criteriosa sobre o caso, inclusive se a alta cúpula da empresa foi conivente com os possíveis crimes.
Segundo a entidade, a prática assediadora tem sido rotina na Caixa. "Os trabalhadores sofrem com cobranças por metas desumanas, pressão severa por desempenho e produtividade, elevando os casos de assédio moral e aumentando o adoecimento dos bancários", diz nota.
O presidente licenciado do Sindicato, Augusto Vasconcelos, falou sobre as cobranças abusivas da atual gestão que tem como pauta o terror, pânico e as constantes ameaças de descomissionamento. “Não podemos admitir que o assédio seja tratado como ferramenta de gestão”, destacou.
O secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que também é integrante da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa, fez uma justa homenagem às mulheres que denunciaram o caso no Ministério Público Federal. O diretor do Sindicato e vice-presidente da AGECEF Bahia, Antônio Messias, destacou que as denúncias não acontecem de agora. Foram inúmeros os relatos nos canais internos da instituição. “Queremos apuração profunda, porque não foi só ele que cometeu crimes. Quantos sabiam o que acontecia?”, disse.
Já o diretor Adelmo Andrade lembrou que o ex-presidente da empresa, Pedro Guimarães, também foi acusado de assédio sexual quando comandou a presidência do Santander. “Não podemos aceitar que essa prática continue em um banco como a Caixa, o banco do povo brasileiro”, concluiu.