Os baleiros só poderão entrar nos ônibus que circulam da capital baiana uniformizados com coletes a partir desta sexta-feira (5). A decisão foi tomada depois que o Sindicato dos Rodoviários proibiu os ambulantes de trabalhar dentro dos coletivos.
O secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, disse que a proibição foi acordada em uma reunião pela manhã. A partir de agora, segundo o titular da pasta, quem quiser vender qualquer produto em coletivos vai precisar se cadastrar na União dos Baleiros.
“Aconteceu esse episódio ontem e nós que pedimos que a Integra só libere trabalhadores que estejam com os coletes e com cadastros na União”, disse.
Mota ainda saiu em defesa dos rodoviários: “Muita gente foi vender nos ônibus e nas ruas por causa do desemprego.A questão é que baleiro não paga passagem e todos entram. Não dá para saber quem é quem. Então, a Integra está certa”, declarou.
Ambulantes na capital baiana e desemprego
No último número divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro de 2018, a Bahia apareceu como o estado onde mais pessoas passaram a trabalhar nas ruas. Pelo menos 274 mil estavam nas vias do estado em 2017.
Só em Salvador, para se ter ideia, 56 mil trabalhadores estavam nas vias públicas. Para a analista de Disseminação de Informações do IBGE, Mariana Viveiros, o alto índice de pessoas nas ruas da cidade é consequência da alta taxa de desocupação.
“A Bahia e Salvador fecharam o ano de 2016 com maior taxa de desocupação, de 15,9% . Em 2017, a taxa era de 16,7%. Não há sinais de recuperação. As pessoas que não conseguiram emprego estão indo para rua. Essa natural que isso aconteça porque é preciso sobreviver, afirma.
Bahia.ba // AO
