Bahia

Bahia registra terceira morte decorrente de doença causada por infecção no cérebro

A paciente que morreu nesta terça estava internada no Hospital Municipal de Salvador

Jefferson Peixoto/Secom PMS
Jefferson Peixoto/Secom PMS

A terceira pessoa com a doença de Creutzfeldt-Jakob, causada pela infecção Encefalopatia Espongiforme Transmissível Humana na Bahia este ano, morreu nesta terça-feira (13). Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), um paciente com a doença continua internado e outro caso é investigado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

A paciente que morreu nesta terça estava internada no Hospital Municipal de Salvador. A Sesab não informou as datas dos óbitos dos dois primeiros pacientes.

Os casos não têm relação com o consumo de carne contaminada pela Encefalite Espongiforme Bovina – popularmente conhecida como "vaca louca". A doença, que é degenerativa, não tem uma causa definida. 

Todos os pacientes contaminados com a doença de Creutzfeldt-Jakob na Bahia são residentes de Salvador. A Sesab não detalhou se eles consumiram carne contaminada.

Transmissão

De acordo com o Ministério da Saúde, a forma exata de transmissão da doença de Creutzfeldt-Jakob é desconhecida.

Não existe evidências de que a doença pode ser transmitida pelo ar ou pelo contato social e casual, como uso de mesma roupa, mesmos copos e utensílios de cozinha ou contato íntimo – abraço, beijos, relações sexuais e outros. Também não há casos relatados de exposição por meio de superfícies, como pisos, paredes ou bancadas.

Sintomas

A doença de Creutzfeldt-Jakob tem uma rápida evolução, que pode levar à morte do paciente. Ela se caracteriza pelos seguintes sintomas:

– Desordem cerebral com perda de memória;

– Tremores;

– Falta de coordenação de movimentos musculares;

– Distúrbios da linguagem;

– Perda da capacidade de comunicação;

– Perda visual.

Diagnóstico e tratamento

A doença de Creutzfeldt-Jakob é diagnosticada a partir de exames de sangue e também por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro.

A principal forma de tratamento são drogas antivirais e corticóides. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 90% dos indivíduos infectados pela doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) morrem dentro de um ano. Ainda não há maneira efetiva de alterar a evolução da doença.