Bahia

Atraso do HGE 2 se deve a 'pequenos erros' e licitações, diz secretário

“O hospital começou a ser construído em 2013, o prédio ficou pronto em 2014, e em 2015 nós entramos para poder programar a inauguração"

NULL
NULL

Prometido para dezembro de 2015, o HGE 2, inaugurado nesta segunda-feira (26), sofreu atrasos em sua entrega por conta de alguns erros de projeto que tiveram que ser reparados. “O hospital começou a ser construído em 2013, o prédio ficou pronto em 2014, e em 2015 nós entramos para poder programar a inauguração, identificando, como acontece, uma série de pequenos erros construtivos, de projeto, que precisavam ser adaptados. Por exemplo: a cozinha era elétrica e o hospital tinha sido conectado à rede da Bahiagás. Não tinha sentido eu pagar energia elétrica tendo cabeado por gás. A gente mudou a cozinha para ser uma cozinha a gás”, explica o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas. De acordo com o titular da pasta, ainda há outro fator, que são as licitações necessárias para o início do funcionamento. “A gente está inaugurando um hospital público. Se eu for para um hospital privado, eu pego meu talão de cheque, vou à loja de materiais e saio comprando tudo. Aqui não, aqui é hospital público, você tem que fazer licitação desde uma agulha, até um carro de anestesia, a uma cama, a escadinha da cama, o foco, o álcool gel. Tudo tem que ser licitado. Você imagine milhares de itens precisando ser licitados”, enumera, acrescentando que o governador determinou que a unidade só fosse inaugurada após estar completamente operacionalizável. Vilas Boas também chamou a atenção da vocação do complexo do HGE, de média e alta complexidade, destinado ao atendimento de pacientes de emergência em trauma. “Não é para vir para o HGE pacientes com dor de cabeça, febre; com problemas menores, dores simples. Aqui é para vir paciente vítima de acidente: quebrou um aperna, bateu um carro, caiu de um brinquedo, caiu de uma árvore, tiro, facada. Qualquer outro tipo de paciente é para ir para UPA”, afirma ele, citando já existir próximo ao hospital uma UPA, em Brotas. “E de lá, se for o caso, se for constatado que aquele quadro de febre é um problema que precisa de uma intervenção cirúrgica, ele pode ir para o HGE ou para outro hospital da rede”. O custeio do HGE 2, na ordem de R$ 10 milhões, deverá ser integralmente coberto pelo governo estadual. “Em tese, depois de três meses de funcionamento, o Ministério da Saúde deveria rever o teto e acrescentar o custo que foi que foi acrescido da inauguração do hospital. Só que isso não vem sendo feito pelo ministério nos últimos anos, o que significa que o governo do estado vai assumir integralmente esse incremento de custo, que é de 10 milhão por mês”.

Reprodução: Bahia Notícias