Bahia

Ato contra Temer reúne milhares de pessoas em Salvador

Protestos contra o governo Temer foram realizados em todo o pais

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Com gritos de "fora Temer", cerca de 13 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar, participaram nesta sexta-feira, 10, de uma manifestação no Centro de Salvador para pedir a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB) e a volta da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com a organização do movimento, 25 mil pessoas participaram do ato. Protestos contra o governo Temer foram realizados em todo o pais 

Na capital baiana, o ato contou com a participação de diversos movimentos sociais, como o MST, CUT, CTB, UNE, Intersindical e Médicos pela Democracia, além de políticos de diversos partidos como o ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner e a senadora Lídice da Mata.

Os manifestantes se concentraram no Campo Grande, de onde saíram em direção à Praça Castro Alves em caminhada que contou com atividades artísticas e culturais ao longo do trajeto.

Com cartazes, faixas, bandeiras dos partidos e adesivos que eram distribuídos entre os participantes, eles entoavam gritos como "ei, Temer, vá tomar no Cunha" (em menção ao deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB, afastado da presidência da Casa). "Há uma unidade em torno da condenação do golpe e de uma eleição indireta fantasiada de impeachment. Tem pessoas que não votaram com a gente, mas não abrem mão da defesa da democracia", disse Wagner.

Lídice da Mata classificou o governo Temer de ilegítimo e afirmou que o desempenho do presidente interino indica que é preciso caminhar no sentido da volta de Dilma e uma consequente realização de novas eleições. A senadora vê com bons olhos a sinalização de Dilma de realizar um plebiscito para definir a convocação de novas eleições, caso seja reconduzida ao cargo.

"As pesquisas mostram que uma parte da população não apoia Dilma e uma parte ainda maior também não apoia Temer nem tem esperanças de que o governo dele resolva alguma coisa", diz.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o senador Romero Jucá (PMDB) e ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), também foram alvos dos manifestantes.

 

Reprodução: A Tarde