O grande expediente desta terça-feira na Assembleia Legislativa foi marcado por discursos em defesa da Petrobras. O deputado Rosemberg Pinto (PT) solicitou o apoio suprapartidário dos seus pares para defender as atividades da empresa na Bahia, ao anunciar que pediu ao presidente Nelson Leal (PP), que a Casa promova uma audiência pública para debater o tema. “Será no dia 23 de setembro e peço a unidade para envolvermos a sociedade baiana nesse ato em defesa da Petrobras”, disse o petista, que é funcionário de carreira da estatal. Segundo o parlamentar, somente em Salvador, no Edifício Torre Pituba, serão demitidos 3.500 terceirizados, enquanto os 1.500 funcionários concursados serão transferidos para outros estados.
Líder da oposição, Targino Machado (DEM) observou que esse é um sentimento que vem crescendo na Casa. “Estarei disposto e me coloco, de forma suprapartidária, com a intenção de apor minha assinatura a qualquer iniciativa em defesa do patrimônio brasileiro, que é a Petrobras”, afirmou.
Também em aparte, o deputado Zó (PC do B) afirmou que não lhe causou surpresa a decisão do Governo Federal, “diante do desmonte e perseguição que o presidente Bolsonaro tem com o Nordeste”. O comunista defendeu ampliar a luta, com a criação de uma frente parlamentar em defesa das estatais.
Fátima Nunes (PT) lembrou que, ao lado do Banco do Brasil, a Petrobras era símbolo de uma época de estabilidade no emprego. Ela lamentou “o anúncio cruel de privatização e venda da Petrobras feita por este governo”.
Osni Cardoso (PT) se associou aos colegas, observando que, enquanto discursavam, ocorria, ao mesmo tempo na Casa, um ato em defesa do Banco do Brasil. “Percebam que é uma avalanche de negação ao povo brasileiro, porque eles querem vender e acabar com tudo”, afirmou o parlamentar, para quem é importante reunir, nessa audiência, os representantes dos municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS), mais diretamente afetados com as medidas.
ALBA // Itatiaia Fernandes