Bahia

Assassino de dançarino de Porto Seguro irá a júri popular quase quatro anos após o crime

Dançarino foi morto em novembro de 2013. Julgamento será no dia 30 de agosto.

NULL
NULL

Dançarino foi morto a facadas em Porto Seguro, região sul da Bahia (Foto: Reprodução/ TV Santa Cruz)

Quase quatro anos após matar o dançarino Daniel José de Oliveira Junior, conhecido como Lady Butterfly, o mecânico Luan Santos Gonçalves será levado a júri popular no dia 30 de agosto. Luan é acusado de matar a vítima a facadas em 17 de novembro de 2013, na cidade de Porto Seguro, sul da Bahia. Daniel era dançarino da barraca Axé Moi, um complexo de lazer e turismo em Porto Seguro. A vítima se apresentava travestido de mulher. Ele morava sozinho e não deixou filhos.

A informação do julgamento foi confirmada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que disse, por meio da assessoria, não poder dar detalhes sobre o caso, porque o processo corre em segredo de justiça.

Luan está no presídio de Eunápolis desde o dia 20 de novembro de 2013, quando foi capturado na cidade de Vitória da Conquista. No momento da prisão, ele tentava fugir para a cidade de Três Lagos, que fica no estado do Mato Grosso do Sul. Para a polícia, ele alegou ter matado a vítima por legítima defesa.

Laudos periciais e exames de corpo de delito, no entanto, contestaram o depoimento dele. O delegado Élvio Brandão, responsável por investigar o caso, contou na época que não havia qualquer indício de legítima defesa, pois Luan não apresentava nenhum ferimento aparente. Ainda conforme o delegado, em momento algum Luan prestou socorro à vítima. O assassinato teria sido passional.

Caso

Lady Butterfly estava em casa, no bairro de Taperapuã, no final da noite do dia 17 de novembro, em 2013, quando foi esfaqueado no tórax por Luan. Mesmo ferida, a vítima conseguiu ir até a rua buscar socorro.

Ele chegou a ser levado para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada do dia 18. Após esfaquear a vítima, o autor do crime roubou carro, celular e notebook do dançarino.

O fato levantou a suspeita de latrocínio, que foi descartada pela polícia durante as investigações. Luan chegou a confessar ter roubado os objetos para levantar dinheiro para a fuga. O crime, no entanto, foi passional.

Reprodução/G1