Frank Oliveira da Costa, 37 anos, responsável pelo clima de pânico e tensão gerado na Unijorje, neste domingo (24), foi liberado após ser ouvido pela polícia. O ‘falso homem bomba’ foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Pituba, onde prestou depoimento aos delegados Jorge Figueiredo e Alexandre Narita do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco).
Durante sua explanação, Frank responsabilizou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pelos seus insucessos, em 18 oportunidades, quando prestou provas da instituição. Depois de assinar um Termo Circunstanciado e realizar exames de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), ele foi liberado, mas responderá por provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
TERROR E MEDO
Cerca de 3 mil candidatos realizavam o exame da OAB no Campus Paralela da Unijorge, quando, por volta das 12h40, iniciou-se um clima de terror. Frank foi até a sala 711, no sétimo andar, e ameaçou detonar uma suposta bomba que estaria amarrada ao seu corpo. O ‘homem bomba’ disse, ainda, que os ocupantes do prédio teriam onze minutos para deixar o local para não morrerem.
O medo foi generalizado e houve muita correria pelos corredores da Unijorge, ao mesmo tempo em que informações imprecisas eram passadas entre os candidatos bastante apavorados. Do lado de fora, informações, fotos e vídeos se espalharam através do aplicativo WhatsApp.
BALAS DE GENGIBRE
O suposto homem-bomba, que estava abrigado na sala 711, se entregou à equipe do Batalhão de Operações Especiais Policiais (BOPE), por volta das 16h, após quase quatro horas de negociação. Ao invés de bombas, Frank tinha alguns pacotes com balas de gengibre amarrados ao corpo. Na sacola que carregava, apenas, roupas foram encontradas.
Apesar do susto, não houve feridos graves, ou reféns. Por este grande incidente, o exame da OAB foi suspenso na Bahia. Uma nova data para a prova deverá ser divulgada na próxima quarta-feira (27/7) pela OAB e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fonte: Aratu Online