Bahia

Após 8 dias, escombros não são retirados e Ladeira da Soledade continua interditada

Desabamento de casarão sobre imóvel vizinho deixou idoso e dois filhos mortos, no dia 24 de abril.

NULL
NULL

Ladeira da Soledade continua interditada oito dias após desabamento (Foto: Andréia Silva)

Oito dias após o desabamento que deixou três pessoas da mesma família mortas, no dia 24 de abril, a Ladeira da Soledade continua interditada nesta quarta-feira (3). As aulas no Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, que fica perto do casarão, também seguem suspensas.

Depois de o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) ter autorizado na quinta-feira (27) que a prefeitura de Salvador retirasse os escombros do casarão e os destroços da casa atingida pelo desabamento, a Defesa Civil informou que ainda aguarda posição da Procuradoria Geral do Município (PGM) para decidir sobre as medidas que serão tomadas pela administração.

De acordo com a Superintendência de Tráfego (Transalvador), as opções de tráfego para os motoristas diante da interdição da ladeira são a Avenida Heitor Dias, a Rua Cônego Pereira, a Ladeira do Funil, a Avenida Bonocô e Ladeira do Arco.

O Ipac pediu ainda a preservação da fachada do casarão que desabou e notificou a prefeitura por 250 imóveis que estariam em situação de risco na capital baiana. Esses imóveis foram apontados em um levantamento feito pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), enviado ao Ipac. A Ladeira da Soledade é registrada na prefeitura como “área de proteção rigorosa” e tombada também pelo governo do estado.

A 2ª Delegacia Territorial (DT), cujo titular é o delegado Luis Henrique Ferreira, investiga o caso. "Estamos apurando de quem é a responsabilidade do casarão. Aguardando o resultado da perícia [do DPT]. Foi instaurado o inquérito e ouvidas as testemunhas", afirmou. A conclusão do inquérito deve sair em 30 dias. O homem apontado pelos vizinhos como dono do imóvel, José Ivo da Costa Santos negou, em depoimento, que fosse proprietário do casarão.

À polícia, Ivo disse que, juridicamente, o casarão não é dele, porque está em nome de outra pessoa. Ele seria um intermediário que venderia o casarão. Conforme a polícia, Ivo apontou outra pessoa como dona do imóvel, que está sendo procurada para também ser ouvida.

O homem contou ainda que após um desabamemento em 2011, quando algumas telhas caíram, houve uma notificação da Defesa Civil de Salvador (Codesal), e foi ele quem assinou o documento de vistoria feita pelo órgão municipal.

Reprodução/G1