Bahia

Após 15 dias, entulhos de casarão que desabou começam a ser retirados no bairro da Lapinha

Desabamento ocorreu na noite de 24 de abril, no bairro da Lapinha, em Salvador, deixando três mortos.

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Retirada de entulho ocorre 15 dias após desabamento, na Ladeira da Soledade,em Salvador (Foto: Vanderson Nascimento/ TV Bahia)

A retirada dos entulhos de um casarão de desabou sobre o imóvel vizinho, deixando três pessoas da mesma família mortas, na Ladeira da Soledade, no bairro da Lapinha, em Salvador, foi iniciada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) na manhã desta quarta-feira (10).

A previsão é de que o serviço seja concluído até a próxima segunda-feira (22). O desabamento ocorreu no dia 24 de abril. O idoso José Prospero Deminco, de 73 anos, e os filhos dele, Ana Paula Carreiro Deminco, de 34, e Paulo Ricardo Carneiro Deminco, de 44, foram soterrados pelos escombros do casarão, que caiu sobre a casa da família. Além deles, outra filha do idoso, identificada como Simone Deminco, e o filho dela, um adolescente de 13 anos, também estavam na casa, mas sobreviveram.

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) havia autorizado, no dia 27 de abril, que a prefeitura de Salvador retirasse os escombros, no entanto, pediu a preservação da fachada do casarão que desabou.

Investigação

O homem apontado pela polícia como dono do casarão foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal. A informação foi passada ao G1pelo delegado Luiz Henrique Ferreira, que é titular da 2ª Delegacia Territorial (DT/Lapinha) e investiga o desabamento. De acordo com o delegado, o inquérito foi encaminhado para a Justiça na terça-feira (9) e aponta que o desabamento foi causado por falta de manutenção, agravado pela chuva.

Segundo o delegado Luiz Henrique, todas as provas coletadas durante a investigação apontam que o suspeito, identificado como José Ivo da Costa Santos, de 63 anos, é dono do casarão e, por isso, era reponsável pela manutenção do imóvel. "Tudo o que foi coletado nos levou essa decisão. Ivo se apresentava como dono do imóvel perante à comunidade e prefeitura", disse.

No dia 26 de abril, dois dias após a tragédia, José Ivo da Costa compareceu à 2ª DT e, em depoimento, negou que fosse dono do casarão. Segundo o delegado Luiz Henrique, o suspeito disse que seria apenas um intermediário, em caso de negociações para uma possível venda do imóvel. O suspeito foi ouvido e liberado. De acordo com o delegado, o inquérito enviado nesta terça-feira deve ser analisado pela Justiça, que irá determinar se o José Ivo permanecerá em liberdade.

Reprodução/G1