O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) realizou, na manhã desta sexta-feira (21), uma reunião com os trabalhadores de educação da rede municipal definindo a continuidade do estado de greve, com a manutenção das aulas remotas.
Durante a reunião, a categoria saiu em defesa das Escolas para Jovens e Adultos (EJA), que correm risco de fechamento por decisão unilateral da secretaria. Além das reivindicações pela revogação do Decreto 33811 que autoriza a retomada das atividades letivas presenciais e anulação do ofício nº 27/2021, da Secretaria Municipal de Educação, que ameaça cortar 2/3 do salário dos profissionais.
A categoria definiu pela cobrança dos secretários de Gestão e Saúde testagem para os trabalhadores em educação, inclusive pelo HapVida; além do impedimento das publicações de indeferimentos das mudanças de nível. Está agendada também uma nova reunião ampliada na próxima quinta-feira (28).
Em contato com o LD Notícias, Rui Oliveira, afirmou que apesar do estado de greve estar mantido após a reunião de hoje, ele aguarda o fim da reunião entre o governador Rui Costa com os prefeitos baianos, inclusive o da capital, Bruno Reis. A reunião que está ocorrendo nesta sexta (21) é para o debate sobre o fechamento das atividades econômicas no estado após o crescimento da taxa de ocupação das UTIs em toda Bahia.
"Com os índices epidemiológicos que temos como o risco de terceira onda, aumento de casos e da taxa de leitos, não era nem para estarmos mais debatendo isso. Era para estarmos aprimorando o trabalho remoto e discutindo melhorias nas condições estruturais das escolas, disponibilização de EPIs para os trabalhadores em educação e alunos, dando atenção especial aos alunos com deficiência", destacou.
Oliveira disse que pretende realizar uma nova reunião com Bruno Reis (DEM), na segunda-feira (24). "Estivemos na secretaria após uma carreata e não fomos recebidos. Não é dessa forma que uma gestão comprometida com a educação e com a vida da população deve lidar com uma situação delicada como a que vivemos", afirmou.