Bahia

ANA alerta que bacia do Rio São Francisco nas regiões baianas e mineiras está em condição de cheia

Na Bahia, a situação preocupa principalmente as comunidades ribeirinhas da cidade de Bom Jesus da Lapa

Reprodução/ Redes sociais
Reprodução/ Redes sociais

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou nesta segunda (12) que a bacia do Rio São Francisco está em condição de cheia em função das fortes chuvas nos primeiros dias do ano. A situação preocupa as localidades de ribeirinhos do sul e sudoeste da Bahia além de toda bacia mineira e seus afluentes.  

Segundo a ANA, o volume de chuva acima da média esperada para dezembro de 2021, formando condições de umidade do solo e aumento do escoamento e vazão da bacia. O nível alto de vazão não era observado desde 2009. 

Na Bahia, a situação preocupa principalmente as comunidades ribeirinhas da cidade de Bom Jesus da Lapa, sudoeste do estado.

De acordo com a Agência Nacional de Águas, a vazão chega a 4.490 m³ por segundo. Essa marca foi atingida em medições diárias feitas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com réguas que existem na Ponte Gercino Coelho. A vazão já é a maior nos últimos 6 anos.

Os dados também mostram que o nível de inundação do São Francisco foi ultrapassado nos municípios mineiros de Pirapora, São Romão, São Francisco e Pedras de Maria da Cruz. 

“Nessas condições, caracterizada a necessidade de operação para controle de cheias, Cemig e Chesf, agentes responsáveis pelas principais hidrelétricas do rio São Francisco, identificam a necessidade de aumentar as vazões defluentes praticadas com o objetivo de preservar os volumes de espera dos reservatórios. Os volumes de espera são projetados para suportar as ondas de cheia e proteger as populações e estruturas abaixo das barragens contra inundações”, informou a agência. 

O volume atípico de chuva também atinge a cabeceira de um dos maiores rios do país, o Tocantins, bem como outros importantes cursos de água que nele desembocam, prejudicou milhares de pessoas e causou estragos em várias cidades dos quatro estados cortados pelo Rio Tocantins.