Bahia

AMAB homenageia Desembargadora Telma Britto com a Medalha do Mérito Wilton de Oliveira e Souza

Entre os legados de Telma Britto, o Desembargador Julio Travessa destacou a sua participação, em 2008 de um momento histórico do TJBA com destaque, ao compor a Mesa Diretora, com a primeira mulher a presidir a Corte - Desembargadora Sílvia Zarif -, sendo que dos cinco cargos quatro foram pontificados por mulheres (Lealdina Torreão, Telma Britto e Maria José Sales Pereira,  eleitas, respectivamente, para os cargos de 1ª vice-presidente, corregedora-geral da Justiça e corregedora das Comarcas do Interior). Asseverou que a Desembargadora “sempre será lembrada como uma bússola para os colegas do Tribunal e também para os colegas de 1º Grau, que ainda sem concordarem com todas as suas posições administrativas ou judicantes, nunca deixaram de respeitar e considerar a precisão, a técnica, a resolutividade e a firmeza com cada voto, eventual divergência e decisão”. Por fim, elencou que a Magistrada será sempre lembrada pela “cordialidade com todos aqueles que buscavam seus conselhos e pela sabedoria com que conduziu cenários de crise muito severas”.  

Divulgação
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A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) homenageou na manhã desta segunda-feira (7) a Desembargadora Telma Britto pelos relevantes serviços prestados ao Poder Judiciário baiano nos mais de 40 anos em que se dedicou à Magistratura. Em maio deste ano, a Desembargadora se aposentou das atividades judicantes do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).  Ela recebeu das mãos do Presidente da AMAB, Desembargador Júlio Travessa e do Vice-Presidente da associação, Juiz Eldsamir Mascarenhas, a Medalha do Mérito Wilton de Oliveira e Souza  – a mais alta honraria concedida pela entidade para personalidades que promovem a justiça.

A Magistrada é natural de Taperoá, no baixo-sul do estado; formou-se pela Universidade Federal da Bahia em 1973, ingressando no TJBA mediante concurso público em 1977. Como Juíza, atuou nas comarcas de Santana, Entre Rios e Alagoinhas, chegando à comarca de Salvador em 26/06/1985. Em agosto de 2003, foi promovida ao cargo de Desembargadora. 

Durante a carreira na Magistratura atuou em diversas áreas do Direito, sendo reconhecida pelos colegas, advogados, servidores e jurisdicionados por sua ética, urbanidade e honradez na judicatura do Tribunal mais Antigo das Américas. Foi Corregedora-Geral e, também, Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, respectivamente, nos biênios de 2008/2010 e 2010/2012, quando demonstrou a sua capacidade realizadora, ao lado de proficiente desempenho judicante, cumprindo com o seu mister e cooperando com a melhoria na prestação jurisdicional em favor da sociedade baiana.

O Presidente da AMAB, em seu discurso, afirmou que durante  toda sua trajetória, a Desembargadora Telma Britto “contribuiu para a pacificação dos conflitos que lhe foram submetidos ao longo da sua carreira na Magistratura, enaltecendo o Poder Judiciário do Estado da Bahia, haja vista haver cumprido fielmente o compromisso assumido quando da investidura no cargo de Magistrada”. “O que mais impactou cada um que passou por seu caminho foi a forma sensível e, ao mesmo tempo, firme e resoluta com que enfrentou as maiores adversidades”, declarou Travessa.

Entre os legados de Telma Britto, o Desembargador Julio Travessa destacou a sua participação, em 2008 de um momento histórico do TJBA com destaque, ao compor a Mesa Diretora, com a primeira mulher a presidir a Corte – Desembargadora Sílvia Zarif -, sendo que dos cinco cargos quatro foram pontificados por mulheres (Lealdina Torreão, Telma Britto e Maria José Sales Pereira,  eleitas, respectivamente, para os cargos de 1ª vice-presidente, corregedora-geral da Justiça e corregedora das Comarcas do Interior). Asseverou que a Desembargadora “sempre será lembrada como uma bússola para os colegas do Tribunal e também para os colegas de 1º Grau, que ainda sem concordarem com todas as suas posições administrativas ou judicantes, nunca deixaram de respeitar e considerar a precisão, a técnica, a resolutividade e a firmeza com cada voto, eventual divergência e decisão”. Por fim, elencou que a Magistrada será sempre lembrada pela “cordialidade com todos aqueles que buscavam seus conselhos e pela sabedoria com que conduziu cenários de crise muito severas”.  

Em seu discurso, a homenageada afirmou que o “simples fato de estarmos juntos nesta Casa, abraçando irmãos que adotamos e aprendemos a querer bem, comemorando a Semana dedicada à Magistratura, ameniza as dificuldades próprias do exercício da judicatura, afasta o desestímulo, apazigua nossos corações, desperta o entusiasmo  e restaura a autoestima que nos impulsiona a avançar, confiantes, na construção do Poder Judiciário que todos queremos”. 
Telma Britto afirmou que a aposentadoria, apesar de lhe afastar do mundo jurídico, não a obriga a abdicar do convívio com os amigos da Magistratura. “Sou imensamente grata por esta sensação de pertencimento que aquece e enche de alegria o meu coração”. Para ela, receber a Medalha Wilton de Oliveira e Souza é muito significativa, pois o Desembargador foi uma pessoa especial em sua vida. “Confesso que não esperava homenagem tão espontânea e tão significativa. Honestamente, não me sinto merecedora”, comentou. Telma ainda disse que nunca fez mais do que seu dever, senão agir como Magistrada. “Tudo o que defendi ao longo desses anos foi aquilo em que sempre acreditei e tudo o que lhes disse sempre foi absolutamente sincero e verdadeiro”, pontuou.

Sobre a honraria: A Medalha do Mérito Wilton de Oliveira e Souza foi instituída para homenagear personalidades que mereçam tal distinção, por relevantes serviços prestados à Associação dos Magistrados da Bahia ou à Justiça ou, ainda, por sua contribuição ao Direto com publicação de trabalho jurídico de notoriedade nacional. O Magistrado que dá nome à honraria foi o primeiro Presidente da AMAB, entre os anos de 1965 e 1967, tendo longa e profícua carreira na Magistratura Baiana. A AMAB só pode conceder duas medalhas por ano, como previsto em seu Estatuto.