Bahia

Alvos de ação judicial, 51 ônibus somem de garagem em Feira de Santana

Empresa dona da frota que desapareceu está devendo ao fabricante.

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Frota de ônibus é reduzida após ônibus sumirem de empresa na Bahia (Foto: Imagem/ Tv Subé)

Cinquenta e um ônibus da empresa Rosa, que integra o transporte público da cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, desapareceram da garagem da empresa no município. No sábado (28), alguns deles foram vistos na BR-324, sentido Capim Grosso, cidade no norte da Bahia.

Enquanto os ônibus não aparecem, motoristas e cobradores estão parados há quatro dias porque não há veículos suficientes para trabalhar. "Chegamos aqui e não trabalhamos. Ficamos aqui de braços cruzados. Então, ficamos preocupados com o que vai ocorrer amanhã", disse o rodoviário José Ricardo.

O G1 tentou entrar em contato com a empresa Rosa para saber o que ocorreu com os veículos, mas não conseguiu contato. Já a empresa Mercedes-Benz, fabricante dos ônibus, informou que houve autorização judicial para a retomada de 51 veículos da empresa Rosa, por causa de dívidas com financiamento, conforme decisão da 29ª vara cível do foro central da comarca de São Paulo.

Apesar da decisão, a Mercedes-Benz não conseguiu executar a ordem, pois quando o oficial de Justiça chegou ao pátio da empresa, os ônibus já não estavam mais lá, e nem circulando pela cidade.

A frota operacional de Feira de Santana é de 248 veículos rotativos, distribuídos em 103 linhas e duas empresas que operam na cidade, a Rosa e São João. Neste período de recesso escolar, 186 estão em circulação.

O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Pedro Boaventura, disse que não tem ideia do paradeiro dos ônibus. Ele informou que tem tomado todas as providências para que a população não seja prejudicada. Ele ainda disse que irá notificar a empresa Rosa para resolver o impasse.

"Já fizemos as devidas notificações e as empresas têm sim que providenciar o número de ônibus suficiente para atender, sobretudo, a demanda futura, ou seja, com o término do recesso escolar", disse Pedro Boaventura.

Segundo ele, caso o problema não seja resolvido, medidas mais drásticas serão tomadas. "Nós aplicaremos aquilo que o contrato manda. Tudo isso irá para a nossa procuradoria e, consequentemente, as medidas de praxe e de contrato serão adotadas", completa. A Mercedes-Benz informou que também não conseguiu contato e nem localizar os responsáveis da empresa Rosa e foi isso que motivou o processo judicial.

Reprodução/G1