A alteração nas dez linhas de ônibus metropolitanos, que estava prevista para começar nesta quarta-feira (25) e foi adiada para a próxima segunda (30), gera impasse entre governo do estado e Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos, o Sindimetro. De acordo com a categoria, a mudança irá provocar demissões de trabalhadores, mas o governo nega. Cerca de 186 mil pessoas fazem diariamente essas viagens.
Em entrevista, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, falou sobre as dúvidas do sindicato em decorrência das alterações.
“Nenhuma linha será extinta. Ao contrário, linhas serão criadas. Junto com a mudança de itinerário das dez linhas haverá também a criação de duas novas linhas que vão sair da região metropolitana e vão, por exemplo, passar pelo Hospital Roberto Santos e pela Uneb, vindo pela Boca do Rio, passando pelo viaduto de Narandiba, indo até a Uneb, e ao Hospital Roberto Santos. E depois voltando para a Boca do Rio e voltando para a orla. O trajeto feito pela orla das atuais linhas será integralmente mantido", disse Bruno Dauster.
Ele ainda garantiu que nenhuma linha irá deixar de passar pela orla de Salvador. Segundo Dauster, um comunicado já foi feito às empresas de ônibus para que não haja demissão de trabalhadores em virtude da mudança.
"Nenhuma linha vai deixar de passar pela orla e nós não admitiremos que haja a redução de carros em nenhuma das linhas. Já foi enviado uma comunicação da Agerba para as empresas que não haja nenhum corte de mão de obra e não haja nenhum corte de linha, que não haja nenhum corte no número de ônibus", afirma.
"Ao contrário, o que nós vamos obrigar é que aumente a frequência desses ônibus para garantir melhor qualidade de transporte para os usuários. Então, por exemplo, nos horários de pico, em que por vezes passava um carro a cada 15 minutos, vai passar um carro a cada 5 minutos, porque vamos com isso melhorar a qualidade de transporte de quem se desloca de, por exemplo, Lauro de Freitas, aqui para Salvador. Ou, no contrário, de Salvador para Lauro de Freitas”, completa.
Já o coordenador do Sindimetro, Mário Kleber Costa, a preocupação da categoria é em relação a possíveis demissões.
“A situação nossa está péssima. Nós tivemos, da integração para cá, desde que ela começou, esse ano, já perdemos 176 postos de trabalho. Esses postos de trabalho, o sindicato negociou com o sindicato das empresas e conseguiu alocar na RD Transporte, no urbano. Mesmo sem abrir novas linhas no urbano, receberam a gente numa reunião com o secretário Fábio Mota. Então, conseguimos alocar trabalhadores para não perder seus postos de trabalho", disse Mário Kleber.
O Ministério Público informou que está acompanhando a situação e, até esta quarta-feira, não houve nenhuma irregularidade. Porém, o MP disse que vai marcar uma reunião com as partes envolvidas, mas ainda não há data definida.
Fonte: G1 (AO)
