Um grupo de agentes de saúde iniciou uma manifestação no Centro de Salvador, no final da manhã desta quarta-feira (27). A categoria cobra a aplicação do piso salarial, além da suspensão do veto para pagamento de gratificações aos trabalhadores.
Os servidores iniciaram uma passeata do Largo do Campo Grande e caminharam em direção à sede da prefeitura, na Praça da Sé. De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o ato provoca um longo congestionamento na Avenida Sete de Setembro e reflete um trânsito intenso nas outras avenidas do entorno.
Os trabalhadores dizem que a gestão municipal paga mensalmente o piso na ordem dos R$ 877. Porém, de acordo com a categoria, o mínimo deveria ser de R$ 2.424, que correspondem a dois salários mínimos, de acordo com uma Emenda Constitucional aprovada em maio deste ano.
Os servidores ainda pedem que as gratificações e vantagens já existentes sejam mantidas juntamente com a aplicação do novo salário base previsto em lei federal.
Além disso, a categoria reclama de uma emenda para manutenção das gratificações adicionais inserida em um Projeto de Lei Complementar aprovado na Câmara, mas vetado pelo prefeito Bruno Reis.
A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) diz que a prefeitura de Salvador apresentou no início deste mês a proposta de aumento salarial para a categoria dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) do município.
A prefeitura diz ainda que em cumprimento à emenda constitucional referente à categoria mas assegurando o respeito à lei de responsabilidade fiscal, a remuneração total proposta é de R$ 3.358,60, mais Auxílio Alimentação e Auxílio Transporte. Segundo a gestão, o aumento é de aproximadamente 72%, em comparação com os valores atuais.