Bahia

Acusado de matar esposa presta depoimento e nega versão da filha da vítima

A filha da vítima informou que a mãe era agredida pelo acusado por sete anos e que ele a manteve em cárcere privado.

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Se apresentou na delegacia na manhã desta quarta-feira (27), Ivan Meireles, que era companheiro da mulher que morreu Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) no último domingo (24), com suspeita de espancamento.

Ivan era apontado como suspeito de cometer o crime, mas, de acordo com o delegado Gustavo Coutinho, tudo indica que um acidente tenha provocado a morte de Edna Pereira das Mercês, 38 anos. A filha da vítima informou que a mãe era agredida pelo acusado por sete anos e que ele a manteve em cárcere privado.

“Pelo que consta a causa da morte não foi o espancamento. Está sendo apurado ainda, vai ser feita a necropsia para saber o que exatamente causou a morte. Foi apurado que realmente não foi a intensão dele de agredir e matar. Pelo que apuramos foi um acidente. Isso foi comprovado por vizinhos e parentes da vítima”, informou.

De acordo com o delegado, Ivan Meireles se apresentou espontaneamente na delegacia, onde contou o que ocorreu. Ivan alega que não teve culpa nenhuma em relação a morte de Edna Pereira e contou que ela sempre ingeria bebidas alcoólicas em excesso.

“Eles conviviam juntos há mais de 11 anos com uma relação comum de qualquer casal, sem relatos de agressão física. Ele relatou que tentou tomar a garrafa da mão dela, que se desiquilibrou, caiu e bateu a cabeça. Ele colocou gelo e no dia seguinte o local estava roxo e foi se agravando. Ivan disse que ela não quis ir ao hospital e ele a levou até a casa da irmã dele. No domingo pela manhã chamaram a filha da vítima e levaram até o hospital, onde ela morreu na tarde do mesmo dia”, afirmou.

Ao Acorda Cidade, Ivan Meireles confirmou a versão dada ao delegado. “Brigamos por causa de uma bebida, pois ela bebia demais e eu não queria que ela bebesse. Fui pegar a bebida na mão dela, que não queria deixar. Eu segurei, ela tropeçou, caiu e bateu a cabeça em um banco. Eu peguei um gelo, passei no rosto dela e nós fomos dormir. Eu prestei socorro, mas não parecia que a situação ia se agravar. Ela ficou em casa, normal, e depois que o local começou a inchar”, contou.

Sobre a informação dada pela filha da vítima, de que Ivan sempre espancava Edna, ele disse que não é verdadeira. “Essa informação é mentira. Ela falou isso porque quer me ver na cadeia. Essa é a versão dela, pois quem tem sua boca fala o quer. Quando soube da morte eu não corri, não fiz nada, fiquei por perto mesmo. Vim até a polícia me apresentar, pois eu não devo nada. Agora me sinto mal em saber que ela está morta”, disse.

Reprodução:Acorda Cidade