Bahia

Abertura do Novembro Negro TCA é marcada por homenagens e parcerias

Com o tema “Com racismo não há Democracia”, a abertura do projeto contou com shows do bloco afro Ilê Aiyê, DJ Belle, Gerônimo e Bando de teatro Olodum

Carol Garcia
Carol Garcia

O mês de novembro, momento dedicado à campanha Novembro Negro, com o objetivo de reafirmar a luta e a resistência do povo negro.

A abertura oficial do Novembro Negro do Teatro Castro Alves (TCA), aconteceu na noite desta segunda-feira (8), com o tema “Com racismo não há Democracia” e contou com a apresentação de peças da campanha institucional contra o racismo e homenagens a pessoas que contribuíram com a implementação de políticas afirmativas na Bahia.

O evento, que foi transmitido ao vivo pela TVE, contou com shows do bloco afro Ilê Aiyê, DJ Belle, Gerônimo e Bando de teatro Olodum. O evento é realizado pelo Governo do Estado, através da Secretária de Promoção de Igualdade Racial (Sepromi). De acordo com a organização, todos os protocolos sanitários em combate à Covid-19 foram seguidos.

“Novembro negro traz ao TCA o conjunto das ações realizadas pelo governo do estado, numa ação transversal que já perdura 15 anos de promoção da igualdade racial, em parceria com nossos colegas secretários e secretárias, através do nosso conselho e com o apoio dos movimentos sociais baianos. Hoje, o espetáculo tem um sabor especial, essa emoção de celebrar a vida. Na oportunidade, vamos celebrar também os termos de formalização do edital “Década Afrodescendente”, que vai minorar os efeitos econômicos da pandemia em nossa população negra”, disse Fabya Reis, secretária de Promoção da Igualdade Racial.

Durante ocasião foi firmada uma parceria da ordem de R$ 3 milhões para projetos de fortalecimento econômico da população negra e comunidades tradicionais. O edital “Década Afrodescendente” contemplou 23 projetos, entre eles o do cantor e mestre de capoeira Tonho Matéria.

“A gente consegue transformar a nossa comunidade quando uma Secretaria atua no sentido de dialogar com os seus, para trazer políticas públicas e promover ações afirmativas para nossos jovens e famílias negras de comunidade”, afirmou Tonho.

Entre os homenagens estavam Carlos Moura, primeiro presidente da Fundação Palmares, com o prêmio Mérito da Igualdade Racial; Luiza Bairros, ex-ministra chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil com homenagem póstuma.

Matilde Ribeiro, ex-ministra da Igualdade Racial também foi homenageada. “A Bahia, por ser um estado culturalmente muito forte, do ponto de vista da cultura africana, uniu as duas coisas, traz o resgate da história e a comemoração da luta e da vivacidade dos movimentos negros no Brasil, transformando o 20 de Novembro num marco de mobilização que extrapola o estado”, disse Matilde.

Por todo o mês estão previstas ações culturais voltadas à temática. A agenda está disponível no site da Sepromi (www.sepromi.ba.gov.br).