Com medo de contrair o novo coronavírus, mais pessoas estão abandonando seus animais de estimação. De acordo com dados da Brigada K9, vinculada ao Corpo de Bombeiros Voluntários de Salvador, o crescimento dos abandonos ultrapassa os 800%. Contudo, na contramão, também houve aumento de adoções, segundo a gestora do Abrigo Doce Lar, Constança Costa.
"Antes eu doava cinco por mês e agora estou doando um a cada dois dias, em média. As pessoas estão com mais tempo em casa e têm possibilidade de fazer uma harmonização do animal com a família", explica Constança.
Vale destacar que não existem comprovações científicas de que o animal doméstico transmite o vírus, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). O cachorro ou um gato, por exemplo, agem como uma superfície para que o vírus se mantenha assim como um móvel ou uma maçaneta.
Adoções
Apesar do aumento do número de adoções, o fluxo de animais abandonados durante o isolamento social continua crescendo, levando o Abrigo Doce Lar a atingir o seu limite.
"Já é difícil normalmente, agora está mais difícil com toda demanda. A gente já está no limite, mas como dizer não para uma cadela parida debaixo de chuva ou para um poodle idoso que foi abandonado no Rio Vermelho na semana passado?", questiona Constança Costa.
Segundo ela, existe um processo de adaptação entre o adotante e o animal, antes dele sair do abrigo.
"Primeiro, a gente precisa tratar deles, o psicológico e a saúde física. Fazemos uma bateria de exames, vermifugar, vacinar, castrar para, só depois, entrar para adoção. O candidato também passa por entrevista bem rígida e criteriosa porque a gente quer entregar o animal para uma família que vai respeitá-lo", destaca.
Como doar ou adotar
Interessados em adotar um animal ou fazer uma doação para ajudar o Abrigo Doce Lar podem entrar em contato através do Instagram (@docelar10) ou pelo Whatsapp (71) 99928-2889.
A Tarde//IF