Cerca de 8,8 mil militares das Forças Armadas que teriam recebido o auxílio emergencial de R$ 600 de forma irregular ainda não devolveram o benefício, cinco meses depois do pagamento da primeira parcela.
Desse total, 4,6 mil militares disseram ao Ministério da Defesa não terem obtido a ajuda financeira, apesar de a pasta ter identificado o pagamento.
Esses dados foram obtidos pelo Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação (LAI), na quarta-feira (2/9) da semana passada. Os números, segundo a resposta do Ministério da Defesa, foram atualizados “até a presente data”.
O governo publicou, em 18 de maio, um site para que as pessoas que acreditam ter recebido o benefício fora dos critérios devolvam o dinheiro – por vontade própria, neste primeiro momento.
Ao todo, a pasta identificou que 39,4 mil militares – sem contar os que não reconhecem ter recebido o montante – ganharam o auxílio de R$ 600 indevidamente.
Isso significa que pelo menos 10% dos R$ 21,5 milhões pagos de maneira indevida pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não foram devolvidos aos cofres públicos.
Dentre os que receberam o benefício emergencial equivocadamente, 32,5 mil são militares da ativa; 1,2 mil, inativos; e 5,7 mil, pensionistas.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que 96% dos militares [da ativa] que receberam o auxílio emergencial já devolveram voluntariamente. O restante, segundo o órgão, inclui restituições que ainda estão em andamento.
“Em sua maioria, aqueles que ainda constam como ‘não devolvidos’ são pessoas que não possuem margem para que esta devolução seja realizada de uma só vez”, esclareceu a pasta.
Reprodução: Metropoles (Redação do LD)