As bandeiras LGBTQIA+ que estavam estendidas na fachada do Theatro Municipal de São Paulo em comemoração ao mês do orgulho LGBT+, foram retiradas pela Secretaria Municipal de Cultura na última quarta-feira (14). O episódio causou a revolta de ativistas da causa e integrantes do Municipal, gerando inclusive uma crise interna.
Funcionários do complexo cultural, artistas e apoiadores da causa LGBT+ se uniram para uma coleta de assinaturas em um abaixo-assinado online contra a situação. Eles afirmam que a forma como a bandeira foi retirada é "um ataque direcionado à nossa comunidade e a todas as pessoas que defendem políticas de diversidade" e disseram que a ação foi realizada "sem oferecer nenhuma justificativa".
Por e-mail, a Sustenidos, organização social que administra o teatro, afirmou discordar da iniciativa e pontuou ainda que "devido às chuvas, não havia condições seguras" para a remoção das bandeiras naquele momento.
A retirada das bandeiras foi realizada pelo diretor geral da Fundação, Abraão Mafra, e outros funcionários que "foram pessoalmente às varandas e ao telhado do edifício e retiraram as bandeiras", como diz o documento.
No texto do abaixo-assinado, a ação é “uma clara demonstração de desrespeito ao contrato de gestão atualmente em vigor e, principalmente, à comunidade LGBTQIAPN+ da cidade".