O número de pessoas que fizeram algum teste para diagnosticar covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, chegou a 21,9 milhões em setembro, o equivalente a 10,4% da população do país. Destas, 4,8 milhões testaram positivo.
Os dados fazem parte da edição mensal da PNAD Covid19, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em agosto, 17,9 milhões haviam feito o teste e 3,9 milhões receberam o diagnóstico da doença.
"De agosto para setembro, foram mais quatro milhões de pessoas que fizeram o teste e cerca de um milhão a mais testou positivo", diz a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira, em nota divulgada pelo órgão.
Por grupos de idade, o maior percentual de pessoas que fizeram algum teste para detectar a doença foi entre 30 a 59 anos de idade (14,3%), seguido pelos grupos de 20 a 29 anos (12,1%) e de 60 anos ou mais de idade (9,2%).
A pesquisa também contemplou o grau de escolaridade: entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, 5,5% realizaram o teste; entre aqueles com superior completo ou pós-graduação, 21,5%.
O percentual de realização dos testes também é maior no grupo das pessoas com maior rendimento domiciliar per capita, chegando a 25,1% para as pessoas na faixa de quatro ou mais salários mínimos. No mesmo período, apenas 5,9% das pessoas na faixa de menos de meio salário mínimo fizeram algum teste.
O Distrito Federal (22,2%) foi a Unidade da Federação com maior percentual de testes realizados, seguido por Piauí (17%) e Goiás (16%). Os menores percentuais foram registrados em Pernambuco (6,8%), Acre (6,9%) e Minas Gerais (7,8%).
Pretos e pardos são maioria entre internados
Em setembro, entre as pessoas que procuraram atendimento em hospitais, 11,8% (98 mil, 125 mil em agosto) daquelas com algum dos sintomas pesquisados e 15,9% (40 mil, 52 mil em agosto) das que apresentaram sintomas conjugados precisaram ficar internadas.
As pessoas de cor preta ou parda foram as que mais precisaram ficar internadas: 59,5%, entre as com algum sintoma e 66,6%, entre as com sintomas conjugados.
Reprodução: UOL
da Redação do LD