Brasil

Ataques a ônibus continuam em Minas Gerais e chegam a quase 40 cidades

Um caminhão foi incendiado em Frutal e dois tratores em Tupaciguara.

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Coletivo 8207 foi queimado na noite desta quinta-feira em BH (Foto: Reprodução/TV Globo)

Dois ônibus, dois tratores e um caminhão foram incendiados da noite desta quinta-feira (7) até a madrugada desta sexta-feira (7) em Minas Gerais. À noite, um coletivo foi queimado em Belo Horizonte e outro em Passa Quatro. Na madrugada, um caminhão em Frutal e dois tratores em Tupaciguara foram atacados.

Na capital mineira, o ataque foi a um coletivo da linha 8207 (Maria Goretti/Estrela Dalva) no bairro Maria Goretti, na Região Nordeste. Desde domingo (3), foram 106 ataques, sendo 66 a ônibus, em 37 cidades em Minas Gerais.

O motorista contou à Polícia Militar (PM) que estava sozinho no ponto final, se preparando para a última viagem do dia, quando foi surpreendido por dois homens, um deles armado.

“Eles disseram: ‘ei, motorista, retire os seus pertences, inclusive o celular, porque a gente vai pôr fogo no ônibus’. No momento que eles estavam falando, eles já estavam subindo com um galão de cinco litros cheio, espalhou gasolina sob o banco do cobrador ali, do motorista. Eu recolhi as minhas coisas, desci e eles atearam fogo”, falou o motorista.

Ele não ficou ferido e disse ainda que os criminosos somente foram embora depois que o fogo se espalhou pelo ônibus. Houve explosões e as chamas atingiram a rede elétrica.

“Começou dando aqueles estouros, né? Pensei: gente, o que é isso? Aí as luzes começaram a piscar. Aí quando eu saí aqui fora o fogo estava alto. Aí eu peguei, fechei as janelas, fechei tudo e fiquei quieta lá dentro”, disse a diarista Catarina da Silva.

Ela mora bem em frente ao local onde o ônibus foi queimado e disse que não conseguiu sair de casa porque ficou presa pelas chamas. “Eu fiquei tremendo, assustada, porque sozinha dentro de casa, né? Falei: vou morrer aqui sozinha! Se o fogo entrar aqui dentro de casa eu vou acabar morrendo”, completou Catarina.

Sem saber o que fazer, ela ligou para o filho, que chegou minutos depois. “Eu estava próximo aqui, no bairro Concórdia, quatro quilômetros, cheguei com cinco minutos eu cheguei em casa, preocupado com a minha mãe”, contou o socorrista Éder da Silva.

G1 // AO