Compra de carros

Após ter nome citado em relatório da PF, Bruno Leonardo dispara: 'Quer ganhar inimigos? Pregue a palavra de Deus'

Segundo Bruno Leonardo, a igreja comprou carros da empresa investigada em 2021

Bispo Bruno Leonardo
Foto: Divulgação

O bispo Bruno Leonardo emitiu um comunicado na noite desta quinta-feira (27), nas redes sociais, após ser citado em relatórios da Polícia Federal por transações suspeitas com uma empresa investigada na Operação Mafiusi. Em vídeo publicado no Instagram, o líder da Igreja Batista Avivamento Mundial informou que a transação sinalizada é referente a compra de carros. Em tempo, negou ligação com a investigação que mira no PCC.

O caso foi noticiado na quinta-feira (27) pelo portal Metrópoles. Incomodado com os rumos da reportagem, o líder religioso afirma que seu advogado precisou confirmar com o delegado Eduardo Verza, da PF, em Curitiba, que a igreja não é alvo da investigação.

Segundo Bruno Leonardo, a igreja comprou carros da empresa investigada em 2021, negociação comprovada com notas fiscais. O bispo ainda garantiu que não há vínculo com os proprietários.

“Existem pessoas que estão inventando fake news, como é o caso desta reportagem tendenciosa, que está me perseguindo, não sei por que. A todo momento nós avisamos, existe nota [fiscal]. Quem está falando que não existe nota é a reportagem, não é a Polícia Federal. Fica aqui o meu repúdio. Colocar em uma reportagem que uma instituição séria tem envolvimento com o PCC, com o crime internacional, isso não existe. Você quer ganhar inimigos? Pregue a palavra de Deus”, diz o bispo na publicação.

Veja vídeo:

A investigação da PF

A investigação mira Willian Barile Agati, apontado como um facilitador da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvido em um esquema de tráfico internacional de drogas. Apesar da menção nos documentos, as autoridades não investigam o bispo no caso, conforme frisou o Metrópoles na publicação.

O bispo Bruno Leonardo lidera a Igreja Batista Avivamento Mundial, com sede em Salvador, e tem grande influência nas redes sociais. No YouTube, acumula mais de 50 milhões de seguidores, enquanto no Instagram são 9,7 milhões.

As investigações apontam que a Starway Locação de Veículos usa suas operações para lavar dinheiro do tráfico. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a igreja de Bruno Leonardo transferiu R$ 2,2 milhões para a Starway entre 2021 e 2022. No entanto, não há notas fiscais que justifiquem os pagamentos.

A Starway foi alvo de busca e apreensão na operação. O Ministério Público denunciou Agati e outros 13 suspeitos por tráfico, e as autoridades continuam investigando a lavagem de dinheiro.

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