O general de Exército da reserva Hamilton Mourão (PRTB), postulante a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro (PSL), se declarou “indígena” no registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na semana passada, durante evento em Caxias do Sul (RS), Mourão envolveu-se em uma polêmica ao afirmar que o Brasil “herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos”.
Logo após o comentário, Mourão disse: “Eu sou indígena. Meu pai é amazonense”. As afirmações foram feitas quando ele falava sobre as condições de subdesenvolvimento do País e da América Latina. “E o nosso Brasil? Já citei nosso porte estratégico. Mas tem uma dificuldade para transformar isso em poder. Ainda existe o famoso ‘complexo de vira-lata’ aqui no nosso País, infelizmente”, afirmou.
“Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem. Nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, esse é o nosso ‘cadinho’ cultural”, disse o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro na ocasião.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o general da reserva afirmou ontem que decidiu registrar-se no TSE como indígena por não ser “nem branco, nem pardo” e reforçou ser filho de índios.
Estadão Conteúdo // ACJR