Brasil

Aeronáutica encontra caixa de gravação de voz de avião que caiu em Paraty

O aparelho será encaminhado para a sede do órgão, em Brasília, para ser analisado

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Reprodução/Twitter AeroagoraA Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou que foi encontrada, no início da tarde desta sexta-feira, 20/01, a caixa-preta que registra as conversas do piloto do avião, cujo acidente matou ontem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. O dispositivo será trazido a Brasília para análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), da Aeronáutica, ainda sem data certa. De acordo com a assessoria de imprensa da FAB, ontem a Aeronáutica informou que o avião não tinha caixa-preta, pelo fato do dispositivo não ser exigido oficialmente no modelo King Air C90GT, aeronava da Hawker Beechcraft, que caiu na tarde de quinta-feira, no mar de Paraty-RJ, matando cinco pessoas.

É a seguinte da nota divulgada pela FAB: 

"A  equipe de investigadores da Aeronáutica localizou nesta sexta-feira (20/1) o gravador de voz (cockpit voice recorder – CVR) da aeronave PR-SOM, acidentada em Paraty (RJ). O gravador, comumente conhecido como 'caixa-preta', será encaminhado para leitura no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília (DF). Os destroços da aeronave serão conduzidos para análise no Rio Janeiro. A investigação prosseguirá com a fase de análise dos dados e levará em conta diversos fatores contribuintes, sejam materiais (sistemas da aeronave e projeto, por exemplo), humanos (aspectos médicos e psicológicos) ou operacionais (rota, meteorologia, etc)."

Equipe de investigação 

O Comando da Aeronáutica enviou a Paraty (RJ) uma equipe de militares especializados em investigação de acidentes aeronáuticos. Os dois primeiros chegaram ao local às 20h30 de ontem (19). No total são sete militares da Aeronáutica responsáveis pela investigação. Esses profissionais vão atuar na chamada "fase de ação inicial", que consiste na coleta de dados no local do acidente. Para isso, a equipe analisa os destroços, busca indícios de falhas, levanta hipóteses sobre o desempenho da aeronave nos momentos finais do voo, fotografa detalhes e retira partes da aeronave para análise, se for o caso. A investigação prosseguirá com a fase de análise dos dados e levará em conta diversos fatores contribuintes, sejam materiais (sistemas da aeronave e projeto, por exemplo), humanos (aspectos médicos e psicológicos) ou operacionais (rota, meteorologia, etc). Ao longo dos trabalhos, outros profissionais (pilotos, engenheiros, médicos, psicólogos, mecânicos, etc.) poderão se integrar à comissão, conferindo o caráter de multidisciplinaridade à investigação. Não é possível estabelecer prazo para o término das investigações, que varia de acordo com a complexidade de cada ocorrência.
 

Reprodução: Correio Brasiliense/ Com informações da Agência Estado