Cinco pessoas foram presas, nesta terça-feira (17), durante uma operação da Polícia Federal para combater crimes de corrupção dentro do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Goiás. De acordo com a corporação, fiscais do órgão são suspeitos de receber propina durante a fiscalização em postos de combustíveis no estado.
Em entrevista ao G1, o advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Antônio Carlos de Lima, disse que a operação é resultado de denúncias feitas por parte dos próprios estabelecimentos, e que um programa da instituição reforça a transparência e o combate à corrupção.
"O Sindiposto está fazendo reuniões com os donos de postos, explicando para trabalhar dentro da lei, para denunciar casos de corrupção, e os efeitos estão refletindo, por exemplo nesta operação. O sindicato não vai permitir a corrupção de nenhuma forma”, afirmou.
O G1 entrou em contato, por email e telefone às 7h50 desta terça-feira, com o Inmetro e aguarda um posicionamento do órgão sobre o caso.
A operação, denominada “Pesos e Medidas”, foi deflagrada nesta manhã, e cumpre 10 mandados de prisão em Goiânia, Anápolis e Brasília. Do total, sete são de prisão preventiva e três são de prisão temporária.
Segundo a PF, os investigados deveriam fazer testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível dos postos para evitar prejuízos aos consumidores. No entanto, a partir da investigação, constatou-se que, além de receber propina para fazer vistas grossas na fiscalização, os servidores realizavam inspeções em alguns estabelecimentos, a mando de donos de postos, para dificultar a concorrência.
Conforme a corporação, os investigados devem ser indiciados pelos crimes de corrupção passiva, ativa e alinhamento de preços, com penas que pode chegar a 12 anos de prisão.
Fonte: G1 (FA)