Sete policiais militares são investigados pela Polícia Civil de São Paulo por matar a tiros dois suspeitos de roubo, na Zona Norte da capital, em abril do ano passado. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) quer saber se a ação policial foi correta, como disseram os agentes da Polícia Militar (PM) que ainda detiveram um adolescente.
Um idoso que estava com uma criança no colo, dentro de sua casa, foi baleado no tiroteio ocorrido no dia 20 de abril do ano passado. Laudo balístico, que ainda não ficou pronto, irá apontar se o tiro partiu da arma dos agentes ou dos criminosos.
O caso ocorreu nas ruas de Pirituba. Os policiais militares alegam ter revidado tiros de criminosos após tentativa de assalto a um deles, que estava sem uniforme e de folga. Durante a perseguição, um dos assaltantes supostamente invadiu a residência do idoso, onde foi morto.
O inquérito é um dos quais o G1 e a TV Globo tiveram acesso via Lei de Acesso à Informação. A reportagem analisou cerca de 50 históricos de boletins de ocorrência envolvendo policiais militares e civis de folga que mataram pessoas na capital paulista no primeiro semestre de 2016. Desse total, a reportagem teve contato direto com 20 processos.
Neste mês, a reportagem publicou matéria na qual mostra que o número de pessoas mortas por policiais militares e civis fora de serviço bateu recorde em 2016, com 163 mortes.
Reprodução/G1