Brasil

6 são presos por negociar drogas e armas em redes sociais

Quadrilha trouxe do Paraguai equipamento que fazia pistola virar submetralhadora.

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Uma operação da Polícia Civil cumpriu na manhã desta quinta-feira (28) 37 ordens judiciais em cidades gaúchas, localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, Vale do Sinos e Litoral Norte. Até o momento, 12 pessoas foram presas, sendo cinco temporariamente e sete em flagrante. Dois que são alvos de mandados de prisão ainda são procurados pelos agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

Os policiais foram às ruas para cumprir um total de 37 ordens judiciais, sendo sete de prisão, e 30 de busca e apreensão.

Conforme o delegado Mário Souza, o grupo negociava armas e drogas pelas redes sociais, usando também aplicativos de mensagens.

"Esse aí é top, tá ligado? Tem até os 'bagulinho' ali para botar lanterna, tá ligado? Cinco 'janelão'. Um tiro empurra teu ombro para trás", diz um dos criminosos em mensagem interceptada pela polícia no decorrer das investigações.

As armas negociadas por eles eram compradas no Paraguai e chegavam até as mãos de criminosos responsáveis pela violência nas ruas de Porto Alegre e Região Metropolitana. Na conversa, interceptada – reproduzida acima-, os criminosos se referem a um tipo de armamento que tem preocupado as autoridades pelo poder de fogo.

"O principal efeito dele (do equipamento) é transformar uma arma curta, uma pistola em arma longa, ou seja, o impacto que ele representa é esse. Ele transforma uma arma curta numa arma longa e isso evidentemente possibilita o tiro em rajada e um impacto maior em quem tá vendo esse tipo de armamento", afirma o delegado Guilherme Calderipe, responsável pelas investigações.

"Pelo que nós identificamos, são grupos específicos, criados especificamente para isso, para o comércio de equipamentos relacionados a armamento", detalhou o delegado Guilherme Calderipe, responsável pela investigação.

Para ter acesso à troca de mensagens, a polícia conseguiu se infiltrar no grupo dos criminosos, e identificou os principais envolvidos na investigação que durou seis meses. Quando entrou no grupo, o policial infiltrado foi recebido com uma mensagem irônica: "Bem vindo Denarc", sem que os criminosos soubessem que realmente se tratava de um policial.

Com base nessas evidências coletadas pela polícia, a Justiça autorizou a prisão dos envolvidos. Ao todo 15 pessoas foram presas, sendo três no decorrer das investigações, e 12 nesta quinta, sendo cinco prisões preventivas, e sete em flagrante.

Entre os presos na manhã desta quinta estão dois suspeitos de terem criado o grupo de mensagem. Foram apreendidas ainda armas de diversos calibres.

Fonte: G1