O País tinha 12,4 milhões de pessoas com 14 anos ou mais anos de idade (7,4% dessa população) realizando algum tipo de trabalho para o próprio consumo em 2017. O resultado equivale a um aumento de 1,1 ponto porcentual em relação a 2016, quando essa fatia somava 6,3%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Outras Formas de Trabalho, referente a 2017, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de realização de trabalho para o próprio consumo foi maior entre os homens (7,9%) do que para as mulheres (6,9%) no ano passado. Os resultados para esse tipo de atividade foram mais elevados entre as populações das regiões Norte (11,1%), Nordeste (10,4%) e Sul (9,7%).
O trabalho para o próprio consumo aumentou ainda conforme o avanço da idade, sendo mais frequente entre as pessoas de 50 anos ou mais (10,4%). Por outro lado, quanto maior o nível de instrução, menor a taxa de realização de produção para o próprio consumo: enquanto 12,9% entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto exerciam atividades para consumo próprio, apenas 2,7% das que tinham o ensino superior completo tinham esse tipo de atividade.
A produção para autossuficiência também foi mais frequente entre as pessoas que não tinham emprego, 8,3% delas, contra uma fatia de 6,6% dos que possuíam outro tipo de trabalho.
O cultivo, pesca, caça e criação de animais foi a atividade mais citada entre quem trabalhava para o próprio consumo (76,4% delas), seguida por produção de carvão, corte ou coleta de lenha, palha ou outro material (16,9%).
Apesar do avanço desse tipo de trabalho na passagem de 2016 para 2017, o número médio de horas semanais dedicadas à produção para o próprio consumo caiu em todas as atividades. A construção de prédio, cômodo, poço ou outras obras de construção manteve a liderança no dispêndio de horas trabalhadas (14,5 horas).
Estadão Conteúdo // AO