Salvador registrou a maior temperatura do ano nesta quarta-feira (19), com o termômetro marcando 35,8°C. Além de causar desconforto, o clima é propenso para ação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Além disso, a alta incidência de chuvas, mesmo as pasageiras, como registradas nos últimos dias na capital baiana, também contribuem para a proliferação do mosquito.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, neste ano, até o momento, apenas sete casos de dengue foram confirmados em Salvador, número inferior ao registrado em 2024. No entanto, é preciso ficar atento para o número não aumentar.
Em entrevista ao PS Notícias, a subcoordenadora de ações do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Lucrécia Lopes, explicou como a condição climátoca influencia no aumento de casos.
“O aumento da temperatura acelera as etapas do ciclo de reprodução do mosquito, reduzindo o tempo necessário para transformação de larvas em mosquito; aumenta a atividade reprodutiva dos mosquitos; períodos de chuva seguidos de períodos de calor favorecem o aparecimento dos depósitos com água onde as fêmeas do Aedes depositam seus ovos”, disse.
Como evitar a dengue durante o verão?
- Eliminar os possíveis depósitos, deixando os recipientes com água tampados, mantendo limpos ralos, calhas, canaletas, armazenando lixo da forma adequada;
- Quem estiver na faixa etária indicada, deve tomar a vacina;
- Usar repelentes.
Segundo Lucrécia, um dos hábitos mais comuns que contribui para o aumento dos focos de mosquito durante o período é a população deixar depósitos de armazenamento de água expostos.
“Quanto mais depósitos a disposição da fêmea do Aedes, maior infestação pois ela espalha seus ovos em recipientes diversos, dificultando as ações de controle e garantindo a sobrevivência de um número maior de mosquitos, aumentando o risco da transmissão de arbovirores”, explicou.
Ações especiais para o combate da dengue no verão
Como cidade turística, Salvador está em alta temporada e, desta forma, a circulação de pessoas pela cidade aumentou e seguirá em fluxo crescente até depois do carnaval. Por isso, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), montou um esquema especial para prevenir o crescimento dos casos.
“Nós iniciamos, desde setembro do ano passado, as ações especiais nessas áreas de maior circulação, onde acontece as festas populares, onde tem um índice maior de turismo. E agora, antecedendo a um carnaval, estamos também intensificando nas áreas onde vai acontecer o carnaval, tanto no circuito oficial como nos bairros, e fazendo todas as ações de controle, inspeção, identificação de foco, eliminação e, se necessária, aplicação de inseticida no círcuito. Isso fizemos em escolas, para o retorno das aulas, nas unidades, cidade de saúde, do município e os imóveis especiais”, finalizou.
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