Bahia

Professores, estudantes e pais da Faculdade e do Colégio 2 de Julho protestam no Garcia

A situação é grave e só uma investigação do Ministério Público Estadual poderá superar as dúvidas levantadas pelos estudantes

Divulgação
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Os professores, estudantes e os pais da Faculdade e do Colégio 2 de Julho protestaram no Garcia, hoje, dia 27, às 9 horas, na Avenida Leovigildo Filgueiras. O motivo para a manifestação é os salários atrasados de 06 meses, que ocasionou greve no complexo educacional.  O diretor-geral da Fundação Dois de Julho, Marcos Baruch Portela, informa que não tem dinheiro para pagar os salários dos professores.

De acordo com os manifestantes, a justificativa do diretor-geral não pode ser aceita, pois, as mensalidades são pagas em CNPJs de diferentes empresas, como tem informado os estudantes da Faculdade, que recentemente, começaram a verificar a situação. A Fundação se defende alegando que essa foi a estratégia para se livrar dos bloqueios judiciais.

Enquanto isso, estudantes seguem sem aulas e os professores sem salários. A situação é grave e só uma investigação do Ministério Público Estadual poderá superar as dúvidas levantadas pelos estudantes.

Em Assembleia ocorrida na noite da quarta-feira, 17 de novembro de 2021, professoras e professores da Faculdade 2 de Julho, mantida pela Fundação 2 de Julho, deliberaram pela deflagração de greve em virtude dos descumprimentos contumazes de obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte da Instituição de Ensino Superior.

Há professores que não recebem salários desde janeiro deste ano, alguns outros que não recebem há seis meses. De igual forma, há férias e décimo terceiro salários relativos a mais de um ano não pagos.

Os professores vêm tentando uma interlocução direta com a direção da faculdade e o conselho curador da fundação, porém sem sucesso.
O SINPRO-BA foi chamado para ajudar no processo e a assembleia, de forma soberana, deliberou:

1.    Outorga ao SINPRO-BA dos poderes necessários para estabelecimento de negociação e/ou acordo coletivo junto à Faculdade e à Fundação 2 de Julho.

2.    Deflagração imediata de greve, com paralisação de todas as atividades laborais dos professores relativas à Faculdade 2 de Julho, em virtude do contumaz descumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias pela Mantenedora (não pagamento de salários, 13º salário, férias, recolhimento de FGTS e INSS).

3.    Apresentação de denúncias ao Ministério Público do Estado da Bahia, ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça do Trabalho relativas aos descumprimentos de legislação trabalhista e previdenciária, bem como aos atos da Fundação 2 de Julho.

A greve dos professores foi iniciada no dia 22 de novembro e as aulas e demais atividades ministradas pelos professores estão suspensas.