O presidente do Iphan, Leandro Grass, afirmou que o momento é de “ter tranquilidade e responsabilidade” após a tragédia na Igreja de São Francisco, na tarde de quarta-feira (5), que matou uma pessoa e deixou outras cinco feridas após o teto do santuário desabar.
O executivo esteve no local, na manhã desta quinta-feira (6), para acompanhar o andamento dos trabalhos após o ocorrido e, em conversa com a imprensa, ratificou que estava prevista uma visita técnica à igreja para o dia de hoje e que o problema no teto havia sido identificado, mas sem indicativo de urgência.
“Não foi feito nenhum tipo de comunicado emergencial. Caso contrário, obviamente, não só nós, mas a Prefeitura estaria aqui em horas. Mas esse é o processo. Talvez a própria comunidade tivesse compreensão do que estava acontecendo, o que poderia vir a acontecer. Portanto, a gente procedeu administrativamente, protocolarmente. Com aquilo que nos cabe. Hoje é que a partir de então a gente vai começar a identificar o que pode ter promovido essa situação”, afirmou o presidente do Iphan.
“Nesse momento, lamentavelmente, há oportunistas, pessoas que querem culpar ‘A ou B’, querem culpar a comunidade, querem culpar a Defesa Civil, o próprio Iphan, seja lá que for. É um momento de serenar, a gente ter tranquilidade e responsabilidade acima de tudo. Em primeiro lugar, com a apuração, com a perícia, com o levantamento de informações, é o que nós estamos fazendo da nossa parte. Todos os processos, todas as informações relativas à igreja. E até agora, como eu disse, não há nenhuma sinalização, a não ser daquilo que já tinha conhecimento, aquilo que já estava tratando. E é a partir de então tomar as providências necessárias”, completou.
De acordo com Leandro Grass, o governo federal está mobilizado, a partir das determinações do presidente Lula (PT) e da ministra Margareth Menezes – que também estará hoje na capital baiana – para dar encaminhamento aquilo que for necessário.
“Nós já ontem mesmo elaboramos administrativamente uma contratação emergencial, uma dispensa para limpar a igreja, para fazer o escoramento daquilo que é preciso fazer agora com esse desabamento e assim poder já partir para a etapa seguinte, que é colocar essa igreja inteira de pé para que a população possa voltar a frequentá-la, um lugar sagrado, um lugar de memória aqui de Salvador. E nós estamos realmente muito tristes, consternados, chocados, mas também atuantes para que a gente possa encaminhar o que seja necessário”, finalizou.