A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) concluiu uma intervenção no sistema de esgotamento sanitário de Salvador. Segundo a instituição, a obra garante, pelas próximas décadas, o bom funcionamento das redes coletoras em 22 bairros da capital baiana.
O trabalho beneficia locais como Paripe, Periperi, Plataforma, bem como Lobato, Liberdade, Pirajá e Retiro. A intervenção consistiu na recuperação de um interceptor (tubulação de grande porte) da rede de esgoto na Av. San Martin, num investimento de cerca de R$ 40 milhões. A conclusão das melhorias garante uma vida útil ao equipamento estimada entre 50 e 70 anos.
“Este interceptor é uma grande estrutura responsável por transportar os esgotos domésticos de mais de 438 mil imóveis em 22 bairros. Para minimizar o desgaste natural da estrutura ao longo do tempo, que sofre a ação natural dos gases liberados pelo esgoto, fizemos a aplicação de uma manta de vidro nas paredes internas da tubulação para ampliar a vida útil do equipamento”, explica a diretora de operações da região metropolitana, Joana Rolemberg.
Impactos minimizados
A obra recém finalizada contemplou a substituição de uma tubulação com aproximadamente 2,5 quilômetros de extensão na Av. San Martin, entre o Largo do Tanque e o Retiro.
“Foi um trabalho complexo substituir, no meio de uma movimentada avenida, um trecho tão extenso de uma tubulação de grande porte assentada abaixo do nível do solo urbano, entre 8 e 12 metros de profundidade”, detalha Joana.
Além disso, na tentativa de amenizar os impactos no trânsito, a Embasa utilizou um método não destrutivo de tecnologia alemã pelo qual a tubulação é revestida internamente, criando uma nova tubulação, reduzindo a necessidade de escavações e, consequentemente, causando menos impacto ao trânsito local.
“Ainda assim, reconhecemos ser impossível realizar uma obra desse porte sem causar algum impacto no dia a dia da população. Para minimizar os transtornos, as escavações necessárias foram realizadas no período noturno, sempre que possível, e o reaterro com solo brita era efetuado logo na sequência do fechamento das valas”, ressaltou a diretora.
Contudo, durante toda a execução da obra de esgotamento sanitário, a Embasa contou com orientador de trânsito credenciado, placas de sinalização e velocidade, além de Painéis de Mensagem Variáveis (PMV), tudo em alinhamento com a Transalvador.