Violência

'Há comunidades que os ônibus entram, mas as pessoas precisam descer', relata Fabrizzio Muller sobre insegurança nos bairros

Segundo ele, os rodoviários costumam ser respeitados, no entanto, a categoria sofre as consequências psicológicas

Foto: Vagner Souza/PS Notícias
Foto: Vagner Souza/PS Notícias

Em meio à insegurança em Salvador, onde o transporte público e a população que utiliza o serviço estão sendo prejudicados, o secretário de Mobilidade Urbana relatou a realidade diária em algumas comunidades da cidade. Segundo ele, há locais em que os passageiros precisam descer do ônibus, esperar o veículo fazer a volta e sair da região, para depois entrarem novamente e seguirem viagem.

“A gente tem comunidades que o ônibus entra, mas as pessoas que estão dentro precisam descer do ônibus. O ônibus faz a penetração na comunidade e volta, e as pessoas adentram o ônibus, porque são pessoas de comunidades diferentes daquelas que o ônibus vai entrar, e sabem que se entrarem, podem sofrer algum tipo de retaliação. Eu dou um exemplo, próximo ao Hospital do Subúrbio, onde pessoas que vêm de Valéria, às vezes, precisam descer até que o ônibus volte e de lá”, relatou.

Segundo ele, os rodoviários costumam ser respeitados, no entanto, a categoria sofre as consequências psicológicas.

“É um desafio. Nesses casos, os rodoviários são respeitados. Eles sabem que precisam fazer o serviço, mas é uma categoria realmente que vem sofrendo muito com essa situação”, lamentou.