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Um dos assunto mais comentados nesta semana é a situação dos vendedores ambulantes nas praias de Salvador, principalmente no Porto da Barra. Nesta quarta-feira (29), o diretor-geral da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Alysson Carvalho, foi o entrevistado do programa PNOTÍCIAS (segunda edição), da Piatã FM, e esclareceu os fatos após protesto da categoria nesta terça-feira (28), na Barra.
Dentre as novas determinações, os ambulantes podem utilizar apenas 10 kits ofertados pela prefeitura para a praia do Porto da Barra. Os kits são formados por 10 mesas, 10 sombreiros e 30 cadeiras. Vale destacar que essa quantidade pode variar a depender do tamanho da faixa de areia da praia. Contudo, a utilização não é feita de forma desordenada, o ambulante pode colocar o sombreiro apenas se o banhista solicitar.
A mudança surgiu após a Secretaria ouvir reclamações de banhistas sobre a falta de espaço na faixa de areia. A situação ganhou repercussão na semana passada, quando um vídeo circulou nas redes sociais. Nele, um homem sugeriu que a praia estaria sendo privatizada devido à grande quantidade de cadeiras instaladas pelos ambulantes, que cobram pelo uso do serviço.
“A gente tem que encontrar esse equilíbrio. Encontrar esse equilíbrio, onde o barraqueiro consiga, oferecer sua renda, mas sobretudo também preservar o direito da população de colocar sua canga, sua toalha, levar suas cadeiras de praia, isso de fato é o papel do poder público, garantir uma praia acessível, livre para todos”, explica Alysson Carvalho.
O que diz o Sindicato dos Ambulantes?
O PNOTÍCIAS também ouviu o lado dos trabalhadores envolvidos no meio desta polémica. Assim, Marcos Cazuza, presidente do Sindicato dos Ambulantes, Barraqueiros e Quermesseiros do Estado da Bahia (Sindbaq) falou sobre a polêmica.
Dessa forma, o presidente reforçou que as novas determinações foram acertadas por meio de reuniões anteriores com a presença de representantes da prefeitura de Salvador e vendedores ambulantes. De acordo com Marcos, todos os trabalhadores presentes aceitaram a proposta e, para ele, a categoria precisa se conscientizar.
“A gente como vendedor ambulante tem que se conscientizar qual é a melhor forma de atender as nossas necessidades como vendedor ambulante que precisa trabalhar para levar o pão de cada dia, mas também precisa atender os nossos clientes e também trazer um pouco também de colaboração com o poder público municipal que tem atendido as nossas reivindicações. então a gente não pode também achar que a gente vai levar 100% de tudo, quando a gente entende que se houvesse a compreensão dos companheiros da categoria em manter aquilo que foi estabelecido, eu acho que esse problema não estaria. O que não pode é achar que a gente é dono da praia, nós estamos utilizando a praia como meio de sobrevivência e foi uma forma que a prefeitura encontrou de organizar nossa categoria”, diz Marcos Cazuza.
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