A mãe de Lucas Terra, vítima queimada viva e abandonada em um terreno baldio em Salvador em 2001, comemorou a condenação dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
A sentença foi anunciada pela juíza Andréia Sarmento na quinta-feira (27), após um julgamento que durou três dias. A decisão incluiu três agravantes: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.
No entanto, a sentença ainda cabe recurso em três instâncias: Tribunal de Justiça da Bahia, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista à Rede Bahia, Marion Terra, emocionada, também lembrou do seu marido e expressou sua gratidão à imprensa e a todas as famílias que, assim como ela, lutam pela justiça para seus filhos.
“Hoje [quinta, 27] foi o dia da minha vitória. Eu quero agradecer a todos da imprensa, que incansavelmente nunca se calaram, nunca foram omissos, sempre foram a nossa voz. Essa vitória não é só minha, não é só do Carlos, não é só do Lucas, essa vitória é de todas as mães da Bahia", iniciou.
“Estou muito emocionada, muito mesmo, pelo Carlos, pelo Lucas. Depois de 22 anos, essa é a justiça que eu tanto esperava, que eu queria. Eu queria vê-los condenados”, finalizou a mãe de Lucas Terra.