Cuidados menstruais

Campanha ‘Dignidade Menstrual’ estimula doação de absorventes na Bahia

Doações podem ser feitas em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães

Foto: Shutterstock
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Mesmo presente no dia a dia, a menstruação pode acarretar complicações para algumas mulheres, que não conseguem ter acesso a produtos básicos de higiene, como absorventes. Dados do estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, lançado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2021, mostram, por exemplo, que mais de 4 milhões meninas não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

Para atenuar essa realidade, o Programa Sabin de Diversidade e Inclusão, em parceria com o Instituto Sabin, lançou a campanha “Dignidade Menstrual: Um Ciclo de Cuidado e Solidariedade”. A iniciativa visa estimular que colaboradores e clientes do Sabin Diagnóstico e Saúde façam doações de absorventes.

Na Bahia, as doações podem ser feitas, até 24 de março. As unidades que recebm o material estão em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

“A pobreza menstrual é um problema de saúde pública e de equidade. Como organização responsável pelo investimento social do Grupo Sabin, que é uma empresa de alma feminina, o Instituto Sabin acredita em iniciativas que transformam realidades e promovem a dignidade das mulheres”, destaca Gabriel Cardoso, gerente executivo do Instituto Sabin.

O material arrecadado em Barreiras, no oeste da Bahia, irá para a Dignivida – Promoção da Vida Humana, que atende mulheres em situação de vulnerabilidade sociocultural. Já em Salvador, a entidade beneficiada será a Odara – Instituto da Mulher Negra.

“É de grande importância para nós essa parceria, pois somos uma organização de mulheres negras que atua com meninas, jovens e mulheres negras em situação de vulnerabilidade social e com grandes desafios fruto do impacto gerado pelo racismo, violências e pelas violações de direitos humanos, que num país como o Brasil atinge em sua maioria as populações negras e pobres”, afirma Tereza Borba, coordenadora de Iniciativa Financeira da Odara.

Ela ainda destaca que os absorventes beneficiarão meninas em situação de abrigamento, mulheres e jovens de territórios quilombolas. Além disso, o material agracia mulheres e jovens negras estudantes de escolas públicas.

“A entrega dos produtos manifesta um conjunto de sentidos, inclusive, a manifestação do cuidado e da atenção com grupos que mais precisam”, conclui.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

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